Coordenadores da Funai em MS relatam que órgão está endividado

08/04/2005 - 00:57 Por: Assessoria de Imprensa/ALMS   

<P class=MsoNormal style="MARGIN: 0cm 0cm 0pt"><SPAN style="COLOR: black"><FONT face="Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif" size=2>Foram ouvidos na quinta audiência da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da desnutrição e mortalidade infantil indígena, realizada nesta quinta-feira (7), a partir das 15h, no Plenarinho da Assembléia Legislativa, coordenadores regionais da Funai (Fundação Nacional do Índio) de Amambai, Dourados e Campo Grande: Willian Rodrigues, Israel Bernardes e Wanderley Dias Cardoso, respectivamente. </FONT></SPAN></P><P class=MsoNormal style="MARGIN: 0cm 0cm 0pt"><SPAN style="COLOR: black"><?xml:namespace prefix = o ns = "urn:schemas-microsoft-com:office:office" /><o:p><FONT face="Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif" size=2></FONT></o:p></SPAN>&nbsp;</P><P class=MsoNormal style="MARGIN: 0cm 0cm 0pt"><FONT face="Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif" size=2>Os coordenadores regionais esclareceram à Comissão vários fatos que contribuem para as mortes das crianças indígenas. Uma delas foi atribuída pela grande escassez de agentes de saúde e funcionários da Funai que acabam por não acompanhar a realidade indígena. A outra está relacionada a falta de custeamento para o setor de produção.</FONT></P><P class=MsoNormal style="MARGIN: 0cm 0cm 0pt"><o:p><FONT face="Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif" size=2></FONT></o:p>&nbsp;</P><P class=MsoNormal style="MARGIN: 0cm 0cm 0pt"><FONT face="Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif" size=2>Sendo o primeiro a prestar depoimento à CPI, Wanderlei Dias Cardoso, coordenador das 41 aldeias situadas na Capital e região, argumentou que não há uma fiscalização diária da Funai junto aos índios, por isso é difícil saber o que acontece dentro das aldeias. “Todos os técnicos estão na Funasa”, disse ele. </FONT></P><P class=MsoNormal style="MARGIN: 0cm 0cm 0pt"><o:p><FONT face="Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif" size=2></FONT></o:p>&nbsp;</P><P class=MsoNormal style="MARGIN: 0cm 0cm 0pt"><FONT face="Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif" size=2>O técnico em agropecuária, Israel Bernardes, coordenador da Funai em Dourados, colocou à CPI que a fundação está trabalhando em cima da reestruturação de funcionários para o crescimento de suas atividades. “As condições de trabalho que temos são desfavoráveis, assim fica difícil o acesso e o relacionamento entre as comunidades indígenas”, declarou Bernardes. <SPAN style="COLOR: black">Apesar de ter apontado o mesmo problema dos outros depoentes, Willian Rodrigues, coordenador da Funai em Amambai</SPAN> observou que a desnutrição também é voltada para dois fatores, sendo um deles a falta de terra para plantio e o desequilíbrio familiar.</FONT></P><P class=MsoNormal style="MARGIN: 0cm 0cm 0pt"><o:p><FONT face="Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif" size=2></FONT></o:p>&nbsp;</P><P class=MsoNormal style="MARGIN: 0cm 0cm 0pt"><FONT face="Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif" size=2>Antes do fim a audiência, o presidente da CPI, deputado Mauricio Picarelli, fez um outro questionamento quanto à quantidade de funcionários que trabalham nas respectivas fundações e o orçamento global de 2004 e 2005 repassado pelo governo para serem aplicados em prol dos índios.</FONT></P><P class=MsoNormal style="MARGIN: 0cm 0cm 0pt"><o:p><FONT face="Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif" size=2></FONT></o:p>&nbsp;</P><P class=MsoNormal style="MARGIN: 0cm 0cm 0pt"><FONT face="Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif" size=2>Diante da indagação do presidente da CPI, o coordenador de Campo Grande, <SPAN style="COLOR: black">Wanderley Dias Cardoso,</SPAN> disse que quando assumiu a Funai na Capital, dia 5 de outubro de 2004, a dívida era de R$ 560 mil reais, sendo R$ 271 somente em energia elétrica, sendo repassado neste mesmo ano um montante de R$ 1,1 milhão. O coordenador explicou ainda que a dívida continua num total de R$ 230 mil reais. Os outros dois depoentes também repassaram os valores orçamentários que são destinados para o custo das aldeias indígenas. Willian explicou que a Funai em Amambai recebeu em 2004 cerca de R$ 1,4 milhão de reais para desenvolver seus trabalhos no município, contudo, ao ser indagado por Picarelli quanto à verba destinada em 2005, o coordenador não soube dizer a quantia. Mas ao relatar as dívidas, Willian disse que ao tomar posse como coordenador a devassa era de R$ 80 mil e, apesar desta não ter sido liquidada, a administração não precisou contrair mais dívidas.</FONT></P><P class=MsoNormal style="MARGIN: 0cm 0cm 0pt"><FONT face="Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif" size=2></FONT>&nbsp;</P><P class=MsoNormal style="MARGIN: 0cm 0cm 0pt"><FONT face="Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif" size=2>Israel Bernardes justificou que orçamento recebido pela Funai em 2004 alcançou o patamar de R$ 900 mil reais e em 2005, apesar de ainda não ter certeza de um valor concreto, ele espera um valor superior a R$ 1 milhão de reais. </FONT></P>
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