<p><font face="Verdana" size="2">Primeira a depor na nona audiência pública da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da desnutrição e mortalidade infantil indígena, a coordenadora do Idaterra (Instituto de Desenvolvimento Agrário, Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural) no município de Amambai, Ramona Georgina Teixeira de Araújo, disse desconhecer o número de hectares trabalhados na aldeia Amambai, que praticamente é habitada por cerca de aproximadamente dois mil índios.</font></p><p><font face="Verdana" size="2">O presidente da CPI, deputado estadual Maurício Picarelli (PTB) destacou que, em relatório recebido pela Comissão constam 2.566 hectares trabalhadas pela empresa Proex, contratada pelo Idaterra para manusear e disponibilizar tratores para arar as terras. Ramona explicou que, desde sua entrada como coordenadora do Idaterra na aldeia, ocorrida em fevereiro, quatro tratores fazem os trabalhos e, segundo ela conta, estes eram inspecionados por ela desde sua ligação até quando paravam de trabalhar. </font></p><p><font face="Verdana" size="2">No entanto, Ramona comentou que sabia da existência de 2.481 hectares distribuídos na aldeia, sendo somente 800 de área agricultável. Sobre denúncias dos índios locais à relatora da CPI, deputada Bela Barros (PDT), sobre o fornecimento de sementes vencidas e também da falta de distribuição de calcário, Ramona simplesmente desmentiu a informação alegando que todo o calcário presente na aldeia vem sendo utilizado de maneira adequada. </font></p><p><font face="Verdana" size="2">“Estou certa que, desde que assumi a coordenadoria em Amambai, tudo está sendo feito á risca. Não deixamos de fazer nada, sempre estamos buscando atender os índios e para isso contamos com o apoio deles”, revelou a coordenadora.</font></p><p><font face="Verdana" size="2">Diante das afirmações, o deputado Picarelli exigiu que Ramona esteja entregando um relatório minucioso sobre a quantidade de hectares trabalhados na aldeia Amambai. </font></p><p><font face="Verdana" size="2">De antemão, a CPI também espera explicações da Secretaria de Estado de Trabalho, Cidadania e Assistência Jovem, sobre gastos efetuados com compra de máquinas fotográficas, filmadora, cavalos, construção de 20 aviários no valor de R$ 67.962,00, para atender as aldeias do Estado. <br/></font></p>
