<p><font face="Verdana" size="2">A 11ª audiência pública da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da desnutrição e mortalidade infantil indígena vai ser realizada na próxima quinta-feira (4) no Plenarinho da Assembléia Legislativa de Mato Grosso do Sul, a partir das 15h. Serão interrogados o sócio-administrador da empresa A.C. Construtora Ltda, Milton Gonçalves Filho; a engenheira-civil Evelyn Barbosa de Oliveira; o diretor-executivo da Agência Municipal de Habitação Popular de Dourados, Dairo Célio Peralta e o secretário municipal de Infra-Estrutura de Dourados, Jorge Hamilton Marques Torraca. </font></p><p><font face="Verdana" size="2">Os depoentes participaram do processo global visando a construção de unidades habitacionais nas aldeias Bororó e Jaguapirú em Dourados. A prefeitura douradense contratou os serviços de construção, objetivando a construção de 400 casas, contudo, foram construídas apenas 53. Destas, duas acabaram desabando – em uma delas estava uma família dentro, porém, todos saíram ilesos. </font></p><p><font face="Verdana" size="2">Conforme a relatora da Comissão, deputada Bela Barros (PDT), a falta de ferros para firmar as estruturas das casas pode ter sido um dos fatores que contribuiu para o desabamento de duas delas. Com a vinda da Comissão Interministerial do presidente Lula à Mato Grosso do Sul, em maio deste ano, o governo federal decidiu retirar as famílias que estavam ocupando o restante das unidades habitacionais para garantir uma maior segurança. Com isso, as famílias foram a obrigadas a montar barracões para morar. </font></p><p><font face="Verdana" size="2">Para o deputado estadual Maurício Picarelli (PTB), “esta audiência servirá para nortear as discussões em torno da falta de segurança e do descaso que os índios destas aldeias são submetidos. Essas construções parecem ter sido feitas de qualquer jeito, ou seja, parece não ter sido feito um estudo preliminar”. </font></p><p><font face="Verdana" size="2">A CPI investiga as causas e responsáveis pela desnutrição nas aldeias do Estado. Os trabalhos tiveram início em fevereiro, sendo realizadas 10 audiências públicas no primeiro semestre. Uma delas foi realizada no município de Dourados. Foram ouvidas 25 pessoas, dentre estas o ex-coordenador regional da Funasa (Fundação Nacional de Saúde) em Mato Grosso do Sul, Gaspar Hickmann. <br/></font></p>
