<p><font face="Verdana" size="2">O presidente da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da desnutrição e mortalidade infantil indígena, deputado estadual Maurício Picarelli (PTB), encaminhou requerimento ao ministro da Saúde José Saraiva Felipe, solicitando que seja revista, em caráter de urgência, a situação da suspensão de recursos financeiros destinados à saúde indígena em aldeias de 27 cidades de Mato Grosso do Sul. Por mês, deveriam ser liberados R$ 523 mil, contudo, apesar de três parcelas já terem sido pagas, o corte da verba é motivo de preocupação e intranqüilidade às cidades que utilizavam destes recursos para a contratação de agentes de saúde que trabalhavam junto às aldeias. </font></p><p><font face="Verdana" size="2">A prefeitura de Japorã, por exemplo, receberia R$ 22 mil por mês para custear o pagamento de agentes de saúde que, já teriam, inclusive, sido contratados para atuar na unidade da Aldeia Porto Lindo, onde habitam 13,8 mil índios. Municípios como Corumbá, Aquidauana, Antonio João, Miranda e Sidrolândia, também estão limitados ao caos instaurado pelo Ministério da Saúde. </font></p><p><font face="Verdana" size="2">Os recursos que deveriam chegar ao Estado este mês seriam aplicados na estruturação da saúde nas aldeias e na contratação de pessoal. Conforme a assessoria do Ministério da Saúde, a decisão do ministro não atinge apenas o Estado. Várias portarias que envolvem a liberação de verbas e que foram editadas no fim da gestão do ex-ministro Humberto Costa foram suspensas. </font></p><p><font face="Verdana" size="2">Segundo Picarelli, “é público e notório que a população indígena tem enfrentado grandes dificuldades para a sobrevivência e manutenção de seus costumes e tradições. Por esse motivo instalamos na Assembléia uma CPI para apurar as causas de desnutrição e mortalidade nas aldeias do Estado e ainda estamos trabalhando na busca de soluções que possam minimizar as dificuldades enfrentadas por estas comunidades, além de resgatar sua essência”.</font></p><p><font face="Verdana" size="2">“Espero que o Ministério reveja esta posição e adote providências necessárias e imediatas à reativação destes repasses, para que não sejamos cúmplices do descaso e do abandono dos nossos índios”, conclui o deputado. <br/></font></p>
