Depoentes estão ‘fugindo’ da CPI da desnutrição; próxima audiência acontece no dia 18

11/08/2005 - 16:13 Por: Assessoria de Imprensa/ALMS   

<p><font face="Verdana" size="2">Estava marcada para esta quinta-feira (11) a realização da 12ª audiência da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da desnutrição e mortalidade infantil indígena, contudo, dois dos quatro depoentes não foram localizados: Milton Gonçalves Filho, sócio-administrador da A.C. Construtora Ltda e João Gualberto de Moraes Brasil, responsável técnico da mesma empresa. Segundo o deputado estadual Maurício Picarelli (PTB), presidente da Comissão, “o pessoal está fugindo da CPI”. </font></p><p><font face="Verdana" size="2">Lucrécio Festa, representante da empresa Ecomáquinas e Marcelo de Souza Machado, representante regional da empresa ABCP (Associação Brasileira de Cimento Portland), foram localizados pela CPI e se comprometeram em auxiliar as investigações da Comissão. Contudo, Lucrécio não poderia comparecer à audiência devido a compromissos já agendados anteriormente, enquanto Marcelo, apesar de encontrar-se em licença médica, comprometeu-se via telefone à prestar depoimento junto à Comissão, todavia, não foi localizado no endereço disponibilizado pela CPI. </font></p><p><font face="Verdana" size="2">A ABCP se responsabilizou em elaborar os projetos das casas indígenas nas aldeias Bororó e Jaguapirú, em Dourados. Já a empresa A.C. Construtora foi contratada pela Agência de Habitação da Prefeitura de Dourados para responsabilizar-se pela manutenção de ferragens e modulações dos tijolos das respectivas casas. A Ecomáquinas é a empresa responsável pela fabricação dos tijolos ecológicos utilizados na construção das casas nas aldeias. </font></p><p><font face="Verdana" size="2">Depoimentos prestados à CPI na 11ª audiência, ocorrida no dia 4 de agosto, revelaram que houve falhas na construção das unidades habitacionais nas aldeias Bororó e Jaguapirú. Os serviços de construção foram contratados pela prefeitura do município, tendo por objetivo a construção de 400 casas, contudo, foram entregues apenas 30; duas acabaram desabando. Os deputados da Comissão ficaram perplexos ao saber que a mão-de-obra utilizada na construção das casas era formada por alguns índios destas aldeias. </font></p><p><font face="Verdana" size="2">O processo de construção teve início em meados de julho do ano passado, porém, um protótipo ficou pronto em junho e no dia 25 foi apresentado ao Ministro das Cidades Olívio Dutra, que visitava a cidade de Dourados. Na verdade, o restante das construções não superou a expectativa do protótipo e as casas acabaram sendo construídas de forma relapsa. Parecer do CREA (Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura) enviado ao deputado Picarelli aponta que houve falta de orientação técnica no processo de construção e ainda que não foram cumpridos os projetos, já que, as casas estavam com acabamentos formados por blocos empilhados com um tipo de argamassa de péssima qualidade, ou seja, estavam sendo criadas armadilhas para os índios morarem. </font></p><p><font face="Verdana" size="2">Com a suspensão da audiência desta quinta-feira, os deputados da CPI da desnutrição voltam a reunir-se no próximo dia 18, quando será realizada a 12ª audiência com a presença dos quatro depoentes esperados para depor hoje. Na audiência do dia 4, prestaram depoimento: a engenheira-civil Evelyn Barbosa de Oliveira, responsável pelo projeto arquitetônico das casas indígenas; Dairo Célio Peralta, ex-diretor executivo da Agência Municipal de Habitação de Dourados e atual assessor do gabinete do prefeito douradense Laerte Tetila (PT) e o engenheiro-civil Jorge Hamilton Marques Torraca, secretário de Habitação de Dourados. <br/></font></p>
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