CPI: Cacique nega envolvimento com tráfico de drogas

18/08/2005 - 21:47 Por: Assessoria de Imprensa/ALMS   

<p><font face="Verdana" size="2">O segundo depoimento da CPI indígena foi do Cacique da aldeia de Amambai José Bino. No início do depoimento, ele disse que não participou das duas reuniões da Comissão que teve a representação da relatora, deputada Bela Barros (PDT), sendo a última realizada no dia 6 de agosto e contou com a participação de várias lideranças indígenas daquele município. “Eu achei um pouco errado que a CPI não comunicou ninguém das visitas e nós somos área federal e representamos a comunidade, por isso eu não participei”, explicou ele. A relatora advertiu que a Comissão foi a convite da Câmara de Amambai para verificação de denúncias de irregularidades e quando chegou ao município logo comunicou o Coordenador da Funai (Fundação Nacional do Índio) para que ele pudesse acompanhar a visita. </font></p><p><font face="Verdana" size="2">Quando questionado sobre a veracidade da denúncia de que crianças indígenas da aldeia não possuem registro de nascimento, o cacique disse desconhecer esta informação, mas acha possível que etnias que entram pelo Paraguai possam vir sem documentação. Ele também disse que a desnutrição já melhorou muito nos últimos tempos devido à cesta recebida do governo do Estado. “A desnutrição acontece por irresponsabilidade dos pais que trocam os alimentos por bebidas”, revela José Bino. </font></p><p><font face="Verdana" size="2">O presidente da CPI, deputado Maurício Picarelli (PTB), lembrou no início de seus questionamentos que ele estava sob pena de juramento e que por isso deveria responder somente a verdade. Ele negou ao presidente a existência de tráfico de drogas e armas dentro da aldeia e considerou essas denúncias perseguição de lideranças adversárias. “Fui eleito duas vezes pela comunidade e na última com mais de 300 votos de diferença e o outro que perdeu (Italiano Vasques) até hoje faz perseguição e não me deixa trabalhar”, justifica ele que ainda disse que o vereador amambaiense Coconho (PRONA) tem procurado criar intrigas entre os índios ouvindo outra liderança na aldeia. </font></p><p><font face="Verdana" size="2">Picarelli perguntou sobre o episódio em que foram apreendidos na residência do Cacique no dia 14 de junho deste ano, três revolveres de calibre 38, munições explosivas e outras armas, depois de um mandato de busca e apreensão. José Bino disse que não tinha conhecimento dessas armas em sua casa e classificou como uma emboscada o que fizeram com ele. Ao final de seu depoimento ele provocou risos entre os que estavam presentes, quando convidou a deputada Bela Barros, que foi agredida na última reunião no município, para voltar a aldeia quando sentir vontade. </font></p><p> </p>
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