Coordenador regional da Funai em Amambai desmente acusações e sinaliza apoio à CPI

18/08/2005 - 23:29 Por: Assessoria de Imprensa/ALMS   

<p><font face="Verdana" size="2">O coordenador regional da Funai (Fundação Nacional do Índio) em Amambai, Willian Rodrigues, foi o último a depor na CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da desnutrição e mortalidade infantil indígena, realizada nesta quinta-feira (18), no Plenarinho da Assembléia Legislativa. Desmentindo acusações de que estaria facilitando o tráfico drogas, bebidas alcoólicas e armas nas reservas indígenas, Rodrigues explicou que desde sua ocupação no cargo passou a ser alvo de falatório por parte de várias lideranças indígenas. </font></p><p><font face="Verdana" size="2">Sobre as acusações feitas pelo presidente da Associação Kaiowá-Guarani Indígena de Capitães de Mato Grosso do Sul, Dílson Duarte Riquelme, de que ele estaria retendo certidões de nascimento às crianças indígenas, Rodrigues foi enfático ao dizer que “neste ano eu já entreguei 30 certidões. Os registros são feitos pelos chefes dos postos da Funai nas aldeias e eu só assino depois que os documentos chegam em minhas mãos”. </font></p><p><font face="Verdana" size="2">Quanto às denúncias de propina mediante entrega de documentos de identificação, Willian frisou nunca ter recebido propina alguma e afirmou desconhecer essa prática de exploração e extorsão nas aldeias. Ele é responsável por 20 aldeias distribuídas em 11 municípios e que abrigam cerca de 22 mil índios. “Devido às denúncias contra mim eu mesmo tomei a liberdade de pedir intervenção de uma Comissão de Sindicância da Funai nacional no sentido de estar averiguando a gravidade desta situação”. </font></p><p><font face="Verdana" size="2"><strong>Tráfico</strong> – Questionado pelo presidente da CPI, deputado estadual Maurício Picarelli (PTB), sobre denúncias de possível tráfico de armas e de drogas com o favorecimento da Funai, Willian explicou que “não posso ser mentiroso a ponto de não perceber que em certas localidades existem índios andando armados, contudo, isso só acontece mediante a migração de índios paraguaios para as aldeias de Mato Grosso do Sul. Eles trazem armas do Paraguai e passam a ameaçar os outros índios”. </font></p><p><font face="Verdana" size="2">Dílson Duarte fez sérias acusações contra Willian Rodrigues, dizendo que a Funai e até mesmo comerciantes locais estariam se apoderando do cartão maternidade das gestantes e com isso efetuando saques em seus nomes para benefício próprio. Rodrigues simplesmente disse que “não é da minha índole acusar ninguém. Estou sendo acusado e estou tentando me defender. Todo o titular de uma administração é alvo de denúncias, sempre sou mal interpretado, todavia, as acusações são infundadas. Sei do trabalho desta CPI e estou aqui para ajudar”. </font></p><p><font face="Verdana" size="2">A CPI ouviu quatro depoentes nesta quinta-feira: Dílson Duarte; José Bino, capitão da Aldeia Amambai; Arsênio Vasquez, chefe do Posto da Funai na aldeia Amambai e Willian Rodrigues. Italiano Vasquez, cacique da etnia Kaiowá da Aldeia Amambai e Elizeu Lopes, da aldeia Taquapiri em Coronel Sapucaia, foram intimados, mas não compareceram. A próxima audiência da Comissão acontece no dia 1º de junho, o relatório final deve ser concluído até o dia 15 de setembro. <br/></font></p>
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