Picarelli solicita apoio da Sejusp para investigar sumiço de depoentes da CPI

30/08/2005 - 17:54 Por: Assessoria de Imprensa/ALMS   

<p><font face="Verdana" size="2">Dois depoentes convocados a prestar informações à CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da desnutrição e mortalidade infantil indígena, literalmente sumiram do mapa. Milton Gonçalves Filho, sócio-administrador da A.C. Construtora Ltda e João Gualberto de Moraes Brasil, responsável técnico da mesma empresa, deveriam prestar esclarecimentos à Comissão no dia 11 deste mês, contudo, não foram localizados. A dupla está envolvida na construção da casas indígenas nas aldeias Jaguapirú e Bororó, que acabaram desabando em virtude do descaso de alguns engenheiros e também pelo uso de obra-prima desqualificada. </font></p><p><font face="Verdana" size="2">Esgotadas as tentativas de localizar os endereços de Milton e João Gualberto; o presidente da CPI, deputado estadual Maurício Picarelli (PTB), encaminhou nesta terça-feira (30) um requerimento a Sejusp (Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública) solicitando apoio do secretário Antônio Braga no sentido de investigar o paradeiro da dupla e com isso conseguir localizá-los. “Precisamos dos depoimentos destes cidadãos, afinal, estamos concluindo o relatório e o depoimento deles é de extrema importância”, revela Picarelli. </font></p><p><font face="Verdana" size="2">Lucrécio Festa, representante da empresa Ecomáquinas e Marcelo de Souza Machado, representante regional da empresa ABCP (Associação Brasileira de Cimento Portland), foram localizados pela CPI e se comprometeram em auxiliar as investigações da Comissão. Contudo, Lucrécio não pôde comparecer à audiência devido a compromissos já agendados anteriormente, enquanto Marcelo, apesar de encontrar-se em licença médica, comprometeu-se via telefone à prestar depoimento junto à Comissão. </font></p><p><font face="Verdana" size="2">A ABCP se responsabilizou em elaborar os projetos das casas indígenas nas aldeias de Dourados. Já a empresa A.C. Construtora foi contratada pela Agência de Habitação da Prefeitura de Dourados para responsabilizar-se pela manutenção de ferragens e modulações dos tijolos das respectivas casas. A Ecomáquinas é a empresa responsável pela fabricação dos tijolos ecológicos utilizados na construção das casas nas aldeias. </font></p><p><font face="Verdana" size="2">Depoimentos prestados à CPI na 11ª audiência, ocorrida no dia 4 de agosto, revelaram que houve falhas na construção das unidades habitacionais nas aldeias Bororó e Jaguapirú. Os serviços de construção foram contratados pela prefeitura do município, tendo por objetivo a construção de 400 casas, contudo, foram entregues apenas 30; duas acabaram desabando. Os deputados da Comissão ficaram perplexos ao saber que a mão-de-obra utilizada na construção das casas era formada por alguns índios destas aldeias. </font></p><p><font face="Verdana" size="2">O processo de construção teve início em meados de julho do ano passado, porém, um protótipo ficou pronto em junho e no dia 25 foi apresentado ao Ministro das Cidades Olívio Dutra, que visitava a cidade de Dourados. Na verdade, o restante das construções não superou a expectativa do protótipo e as casas acabaram sendo construídas de forma relapsa. Parecer do CREA (Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura) enviado ao deputado Picarelli aponta que houve falta de orientação técnica no processo de construção e ainda que não foram cumpridos os projetos, já que, as casas estavam com acabamentos formados por blocos empilhados com um tipo de argamassa de péssima qualidade, ou seja, estavam sendo criadas armadilhas para os índios morarem. <br/></font></p>
As matérias no espaço destinado à Assessoria dos Parlamentares são de inteira responsabilidade dos gabinetes dos deputados.