<p><font face="Verdana" size="2">A Constituição Federal, em seu artigo 227, determina que é dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança e ao adolescente, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão. Contudo, em plena Semana da Pátria, é lamentável observar que nada disso acontece, afinal, em tempos de avanços tecnológicos, crianças estão mais distantes dos pais e propensas à exploração sexual no mundo agressivo e sujo da pedofilia. </font></p><p><font face="Verdana" size="2">Atualmente a maioria das crianças sabe utilizar um computador e automaticamente acessar a Internet; o perigo pode estar a um clique. As denúncias de divulgação de imagens pornográficas de crianças e adolescentes na rede mundial de computadores crescem de forma assustadora em todo o mundo, principalmente no Brasil. São cenas repugnantes - crianças de todas as idades e adolescentes protagonizando sexo com adultos, com outras crianças e até com animais.</font></p><p><font face="Verdana" size="2">O aliciamento de adolescentes vem se tornando um furor nas capitais brasileiras. Em Campo Grande, por exemplo, gangues têm lucrado com o chamado ‘tráfico do sexo’, ou seja, promovem o sexo através de meninas adolescentes e lucram as custas da exploração sexual. Um caso evidente atingiu a família da dona-de-casa Lenira Farias dos Santos: sua filha de 11 anos está na prostituição e ela não exerce mais controle sobre a vida da filha. </font></p><p><font face="Verdana" size="2">“Já procurei ajuda no Conselho Tutelar e dei parte na Delegacia do Menor, mas nada foi feito. Estou com muito medo que minha filha desapareça do nada. Tenho certeza que não agi errado na educação que dei pra ela. Estou desesperada”, lamenta Lenira. Segundo a mãe, sua filha está envolvida com gangues e isso começou através da Internet. </font></p><p><font face="Verdana" size="2">Através da Internet são oferecidos vídeos e fotos pornográficas de crianças e adolescentes, são estabelecidos "bate-papos" e troca-se conhecimentos sobre um comportamento desviante que muitos se negam a reconhecer. A pedofilia é uma psicopatologia extremamente comum em todo o mundo, caracterizada por uma profunda atração sexual por crianças e adolescentes. É um desvio da sexualidade, de caráter compulsivo e obsessivo.</font></p><p><font face="Verdana" size="2">Segundo a Telefono Arcobaleno, associação italiana para a defesa da infância, o Brasil ocupa o quarto lugar no ranking mundial dos sites dedicados à pornografia infantil. A entidade trabalha com informações do FBI (a Polícia Federal dos Estados Unidos), da Interpol e de polícias de vários países. Em seu balanço anual de 2003, catalogou pornografia infantil em 17.016 endereços na Internet – desses, 1.210 são brasileiros.</font></p><p><font face="Verdana" size="2"><strong>Controle</strong> – O deputado estadual Maurício Picarelli (PTB), preocupado com esta situação, alerta pais e mães sobre o perigo que seus filhos podem estar correndo a mercê de um simples acesso de sites. Segundo Picarelli, “os pais precisam controlar o que os filhos acessam na Internet. Devem colocar bloqueadores de páginas pornográficas. Até mesmo as lan-houses devem controlar o acesso a sites duvidosos feitos por crianças”. </font></p><p><font face="Verdana" size="2">“As salas de bate-papo são um grande perigo para as crianças. Pessoas adultas acessam estas salas a procura de segundas intenções com crianças e fingem ser da mesma idade. Com o tempo e com a confiança garantida, os pedófilos passam a se exibir para as crianças e até marcar locais para se encontrarem. O Estado deveria elaborar políticas que assegurassem e mantivessem a integridade das crianças. Nosso dever é proteger os filhos, a sociedade como um todo têm de proteger as crianças”, frisa o parlamentar. </font></p><p><font face="Verdana" size="2">A assessoria de imprensa do deputado Maurício Picarelli já acessou com facilidade mais de 30 sites de pornografia infantil, todos em português. Em todos, as imagens são vendidas por um preço médio de R$ 30 o kit com cinco CDs contendo milhares de fotos e oito horas de filme de sexo com garotas adolescentes. <br/></font></p>
