Engenheiro nega ser o responsável técnico pelas casas indígenas que desabaram

15/09/2005 - 20:40 Por: Assessoria de Imprensa/ALMS   

<p><font face="Verdana" size="2"> O primeiro a depor na CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) que investiga repensáveis pela desnutrição e mortalidade infantil indígena nas aldeias do Estado, foi o engenheiro-civil João Gualberto de Morais Brasil. Ele foi convidado a depor porque no CREA (Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura) ele seria o responsável técnico pela construção das casas indígenas que desabaram nas aldeias Bororó e Jaguapirú no município de Dourados.</font></p><p><font face="Verdana" size="2">Logo no início de seu depoimento ele esclareceu a Comissão, que é presidida pelo deputado estadual Maurício Picarelli, que deixou a empresa A.C Construtora no dia 27 de julho de 2004, sendo que a ordem de expedição das casas aconteceu dia 20 do mesmo mês. “Eu preenchi os requisitos pelo processo licitatório, mas não me entendi com o dono da empresa (Milton Gonçalves Filho) e não nos acertamos no preço e então deixei a empresa” esclarece. Segundo ele, sua entrada na empresa aconteceu no dia 16 de fevereiro de 2004 e sua saída foi homologada pelo CREA no dia 11 de agosto do mesmo ano. “Fui muito injustiçado e prejudicado profissionalmente por ter meu nome veiculado na imprensa como responsável pela obra e ainda que eu estivesse fugindo da CPI e isso denegriu minha imagem como profissional”, desabafa João Gualberto.</font></p><p><font face="Verdana" size="2">O engenheiro ainda explicou que o responsável técnico é quem assina a ART (Anotação de Responsabilidade Técnica) e não é ele o nome responsável. Picarelli solicitou que ele divulgasse durante o depoimento, o nome do responsável já que ele trouxe documentos comprobatórios. “Quem assinou a ART é a engenheira civil, Ana Beatriz Franco. Mais o CREA não a reconhece como responsável técnica, embora ela tenha pedido baixa na responsabilidade e o Conselho concedeu, daí eu não entendi mais nada”, indigna-se ele. </font></p><p><font face="Verdana" size="2">O Presidente da CPI ressaltou seu descontentamento por publicações que denegriram o engenheiro como profissional. “Quero que o Senhor entenda que estamos investigando também a aplicações de recursos do Governo Federal e Estadual nas aldeias e o convidamos a ajudar a Comissão esclarecer dívidas sobre as casas que desabaram em Dourados, não para colocá-lo como réu e sim como testemunha”, explica Maurício Picarelli. </font></p><p><font face="Verdana" size="2">Ana Beatriz, engenheira responsável não compareceu enviando ofício justificando sua ausência por falta de recursos financeiros no deslocamento até a Capital. O Presidente leu sua justificativa e frisou que ela está convocada pela CPI na importância de prestar esclarecimentos. O proprietário pela empresa A.C. Construtora, Milton Gonçalves Filho não foi encontrado ainda pela Comissão, apesar da colaboração da polícia.<br/></font></p>
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