Picarelli volta a criticar mau atendimento nos hospitais de Campo Grande

27/01/2006 - 14:34 Por: Assessoria de Imprensa/ALMS   

<p>A falta de um atendimento responsável nos hospitais públicos de Campo Grande continua liderando o ranking das reclamações da população que reside nas periferias. A omissão de informações referentes a pacientes causa indignação em várias famílias que, por diversos motivos, acabam ‘visitando’ os estabelecimentos de saúde a procura de algum parente desaparecido, sendo tratadas com desrespeito pelos funcionários. </p><p>O deputado estadual Maurício Picarelli (PTB) condena essa situação e reclama da falta de respeito com que várias pessoas são tratadas quando solicitam informações aos atendes dos hospitais. “É preciso que as direções desses hospitais atentem para esse fato. A população não pode ser tratada com falta de respeito, o povo tem direito à informação”, reclama. </p><p>Os serviços de informação prestados pelos atendentes da Santa Casa têm sido questionados e reclamados por várias pessoas que ‘taxam’ os funcionários de irresponsáveis, como é o caso da dona-de-casa Rosineide Souza. </p><p>Seu filho Bruno foi atropelado no domingo (22) e como não voltou para casa, foi dado como desaparecido pela família. Na busca pelo filho, Rosineide se dirigiu até a Santa Casa no dia seguinte e foi informada de que as características físicas narradas por ela não se encaixavam com o perfil de nenhum paciente desconhecido. Contudo, na manhã dessa quarta-feira (25), a família recebeu a informação de que Bruno havia morrido de traumatismo craniano: ele estava internado na Santa Casa, vítima de atropelamento. </p><p>“Procurei a Santa Casa na tentativa de encontrar meu filho, passei todas as características e eles disseram que não havia ninguém que se encaixasse ao perfil de Bruno. Um enfermeiro que me viu chorando e procurando pelo meu filho se compadeceu e me ligou dizendo que havia sim, um menino com a aquela descrição, porém, já era tarde: ele estava morto”, revela abatida Rosineide. </p><p>Consta que Bruno foi atropelado no cruzamento da rua Antonio Bandeira com a rua das Mansões, no bairro Buriti. Ele foi levado à Santa Casa pelo condutor do veículo responsável pelo atropelamento e foi internado como desconhecido. No mesmo dia que a família recebeu a notícia da morte de Bruno, o vizinho que mora ao lado da residência da família Souza decidiu informar que foi ele quem atropelou a vítima, quando esta retornava do trabalho.  </p><p>O caso foi encaminhado à polícia e o responsável pelo atropelamento foi enquadrado como autor de um homicídio culposo. Ele não quis repassar informações à imprensa. </p><p>Já na Santa Casa, a assistente social Alvina de Oliveira justifica que as pessoas que chegam sem documentos são configuradas como desconhecidas. Se informações do paciente não são obtidas, o Instituto de Identificação é acionado e faz a checagem através das digitais. “Muitas pessoas vêm procurar parentes desaparecidos aqui na Santa Casa e revelam o nome, mas como não sabemos, muitas vezes a Santa Casa procura o paciente que se encaixa com as descrições citadas”. </p><p>A família de Bruno discorda da informação, argumentando que não recebeu a devida atenção quando foi procurar por ele. O velório de Bruno foi realizado no mesmo dia que a família soube de sua morte. <br/></p>
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