Hospitais do Estado não oferecem acomodações adequadas a paraplégicos e tetraplégicos

08/02/2006 - 13:03 Por: Assessoria de Imprensa/ALMS   

<p><font face="Verdana" size="2">Desde 1994 os hospitais públicos e privados do Mato Grosso do Sul são obrigados a disponibilizar acomodações especiais às pessoas paraplégicas e tetraplégicas, conforme determina a lei estadual nº 1.521. Na prática a lei está sendo descumprida pela maioria das casas de saúde do Estado. </font></p><p><font face="Verdana" size="2">O Hospital Regional Rosa Pedrossian, localizado em Campo Grande, foi inaugurado oficialmente em 97 e, devido sua construção ter sido projetada em formato vertical, os elevadores são bastante necessários para o transporte e locomoção de pacientes. Embora apresente uma estrutura com leitos adequados, existe a falta de banheiros especiais para o uso desses pacientes. </font></p><p><font face="Verdana" size="2">O diretor-geral do hospital, José Roberto Paquera, explica que “a maioria dos hospitais do Estado, principalmente de Campo Grande, tem estrutura antiga. Geralmente são as novas construções que dispõem de acomodações necessárias. Hospitais filantrópicos como Santa Casa e Maternidade Cândido Mariano e hospitais públicos como Rosa Pedrossian e Universitário não têm essa estrutura”. </font></p><p><font face="Verdana" size="2">Paquera informa que se a lei existe, é necessário que ela seja cumprida. “Eu mesmo não sabia dessa lei e acredito que o governo deveria cobrar isso dos hospitais. Se soubesse antes, creio que poderia inserir custos referentes à compra de equipamentos adequados para esses pacientes no orçamento deste ano”. </font></p><p><font face="Verdana" size="2">Na opinião de Sebastião Pereira dos Santos, 52 anos, paraplégico desde criança, “os hospitais deveriam contar com essas acomodações. Deficientes como eu sofrem para tomar banho, para se locomover até o banheiro. Não é questão de orgulho, mas não é em todo momento que nos sentimos bem em ficar pedindo as coisas ou solicitando o apoio dos outros”. Santos foi internado no hospital há um mês em decorrência de problemas do coração, ele é de Alta Floresta (RO) e veio passar as férias na Capital. </font></p><p><font face="Verdana" size="2">A falta de rampas em espaços públicos e privados, principalmente em hospitais, também é motivo de reclamação por parte dos paraplégicos. “Nas cidades existem poucas quadras com rampas e isso impede que possamos nos locomover sozinhos em cadeiras de rodas, sempre precisamos da ajuda de alguém”, reclama Santos. </font></p><p><font face="Verdana" size="2"><strong>Promessa</strong> – O diretor-administrativo da Maternidade Cândido Mariano, Ivandro Fonseca, lamenta a falta de acomodações adequadas aos pacientes paraplégicos e conforme ele, em breve o hospital vai procurar se adequar à lei. </font></p><p><font face="Verdana" size="2">A lei é de autoria do deputado estadual Maurício Picarelli, líder do PTB na Assembléia Legislativa. <br/></font></p>
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