Violência nas escolas tem aumentado e Picarelli cobra cumprimento de lei

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15/07/2009 - 10:17 Por: João Humberto    Foto: Giuliano Lopes

No dia 19 de fevereiro deste ano, um adolescente de 12 anos foi atingido por cinco facadas desferidas por um menino de 13 anos na Escola Municipal Carlos Vilhalva, no Jardim Aeroporto, em Campo Grande. No dia 8, em Água Clara, um garoto de 12 anos foi ferido com um golpe de canivete por um estudante de 13 anos na Escola Municipal Luciano Silvério de Oliveira.

Os dois exemplos são apenas alguns dos vários casos de violência em escolas, registrados diariamente nas delegacias de polícia da Capital e interior. E para conter o avanço desses índices, o deputado estadual Maurício Picarelli (PMDB) ressalta a lei 3.364, de 22 de fevereiro de 2007, que cria o programa permanente de prevenção de acidentes e violência nas escolas de Mato Grosso do Sul, através das Cipaves (Comissões Internas de Prevenção de Acidentes e Violência Escolar).

Conforme a lei, em cada colégio do Estado devem ser instaladas comissões internas para monitorar as condições e situações de risco que os alunos são submetidos, a comissão também pode propor a adoção de medidas que acabem com o problema no contexto escolar. A Cipave precisa ser composta por representantes dos alunos, pais, professores, diretores e funcionários.

Atualmente, segundo afirma Picarelli, são frequentes os casos de bullying (intimidação de alunos) nas escolas. Através de insultos, ataques físicos repetidos, fofocas negativas, chantagem, expressões ameaçadoras, os agressores intimidam suas vítimas, fazendo com que muitas abandonem a escola.

“Como se não bastasse essa situação, muitos alunos são abordados por outros com violência, numa espécie de comando. Por isso essa lei pretende acabar com essa ditadura no meio escolar, propiciando um canal de comunicação entre alunos, direção, professores e pais, para que todos juntos, somem esforços no sentido de transformar esta triste realidade, que acaba prejudicando alunos, ocasionando elevados índices de evasão e repetência escolares, provocando assim, até mesmo danos psíquicos aos alunos”, frisa Picarelli.

Nos dois casos citados na matéria, as vítimas sobreviveram aos ataques violentos. “Mas e quando há mortes no âmbito escolar, de quem é a culpa?”, questiona o peemedebista.
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