Deputado questiona prefeitura da Capital sobre a atuação da empresa Flexpark

Imagem: Picarelli explica ao deputado Renato Câmara o pedido também foi encaminhadoà  prefeitura de Dourados, já que naquele município também funciona o siste
Picarelli explica ao deputado Renato Câmara o pedido também foi encaminhadoà prefeitura de Dourados, já que naquele município também funciona o siste
01/07/2015 - 18:00 Por: Janaina Garcia    Foto: Roberto Higa

Desde que os parquímetros foram instalados em Campo Grande, as reclamações só aumentam, principalmente agora em que a tarifa cobrada por hora de estacionamento, que era de R$ 1,50, passa a ser de R$ 2,00, o equivalente a um reajuste de quase 33%. A pergunta que não quer calar é: para onde vai o dinheiro arrecadado pela empresa Flexpark, responsável pelo serviço de estacionamentos rotativo eletrônico na Capital? Esse é um questionamento que vem sendo levantado há um tempo pelo deputado estadual Maurício Picarelli (PMDB) que, diariamente, tem recebido diversas reclamações dos usuários do sistema Flex.

Nesta semana, Picarelli, que atua como presidente da Comissão dos Direitos do Consumidor da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul, encaminhou durante sessão ordinária da Casa de Leis, ofício e requerimento à prefeitura de Campo Grande, solicitando com urgência esclarecimentos, a fim de informar a população sobre algumas indagações, entre elas, a respeito do valor exato arrecadado por dia, mês e ano, pelo armazenamento de créditos; a dos créditos desembolsados pelos usuários e o valor de repasse da empresa Flexpark para o Executivo, que deveria ser investido em equipamentos e logísticas.

Ao mesmo tempo, o parlamentar informa que o oficio também será estendido à prefeitura de Dourados, já que naquele município funciona o sistema de estacionamento rotativo. De acordo com Picarelli, a população douradense reclama que o parquímetro se transformou em uma indústria de multas, com o objetivo de angariar recursos ao invés de organizar o trânsito da cidade.

“O certo é que a verba seja arrecada para obras de sinalização, instalação de semáforos, entre outros benefícios. Se o usuário não sabe para onde está indo o dinheiro, a cobrança é injusta.”, apontou o deputado.

Outra reclamação pertinente dos motoristas está relacionada ao fato de que, às vezes, muitos condutores não conseguem recuperar seus créditos e isso acaba causando transtornos. Além disso, a empresa responsável por administrar o estacionamento não se responsabiliza pelos eventuais danos em carros ou até mesmo pelo furto de veículos que ocupam as vagas. “Uma situação que vêm revoltando bastante os usuários, uma vez que, muitos são notificados quando o tempo no parquímetro é zerado”.

A Flexpark é uma empresa de Minas Gerais e atua desde 2003 na Capital, onde administra o estacionamento rotativo de 2.500 vagas. Em março de 2012 a prefeitura de Campo Grande renovou a concessão do serviço até 2022.
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