<P>O secretário de Produção e Turismo, Dagoberto Nogueira Filho, elogiou a iniciativa do deputado Paulo Corrêa em promover uma audiência pública para discutir o seqüestro de carbono e instruir os produtores rurais a obter recursos por meio do Mecanismo de Desenvolvimento Limpo do tratado de Kyoto. “As pessoas estão fazendo reflorestamento e não sabem que têm direito a receber por isso”, disse o secretário. Ele informou que o Governo está desenvolvendo quatro projetos nessa área, referentes a eucalipto, borracha, biodísel e cana-de-açúcar, e já está contatando organismos internacionais para conseguir direito ao crédito.</P><P>A primeira palestra desta manhã da audiência pública “o seqüestro de carbono e o produtor rural” foi proferida pelo presidente da Max Ambiental, Flávio Brando. Ele abordou as oportunidades de projetos de carbono em Mato Grosso do Sul, inclusive as dificuldades em obter recursos e a credibilidade dos projetos apresentados. “O Brasil é extremamente privilegiado em ativos ambientais, temos que preservar isso e alguém tem que pagar essa conta”, disse, referindo-se aos investimentos de países desenvolvidos na preservação do meio ambiente. </P><P>Estudiosos afirmam que as emissões de carbono pela queima de combustíveis fósseis quadruplicaram desde 1950, chegando a 6,3 bilhões de toneladas em 2000. Atualmente, a humanidade joga em um dia mais gás carbônico na atmosfera do que os seus antepassados jogaram em um século.* Considerando a importância de projetos que objetivam trazer soluções para problemas ambientais e a oportunidade que os produtores rurais terão de lucrar com os créditos de carbono, o deputado Paulo Corrêa apresentará ainda hoje um projeto de lei estabelecendo políticas e normas para o seqüestro de carbono em Mato Grosso do Sul. Se aprovado, a lei pode ser a primeira do país a regulamentar o tema.</P><P>Estão participando da audiência pública, que acontece no Plenário Júlio Maia, da Assembléia Legislativa, o presidente do Movimento Nacional de Produtores, João Bosco Leal, o diretor da Usina Passa Tempo, Artur Tavares Carvalho, o presidente da Max Ambiental, Flávio Brando, o engenheiro agrônomo e pesquisador da Embrapa, Ademir Zimmer, o presidente da Associação dos Criadores de Mato Grosso do Sul – Acrissul, Laucídio Coelho Neto, o representante da Max Ambiental no Centro-Oeste, Homero Figlioni, o diretor da Max Ambiental, Paulo Braga, o prefeito de Guia Lopes da Laguna, Nelson Moreno e o vereador de Campo Grande, Carlos Marun.<BR></P><P><SPAN style="FONT-SIZE: 10pt; COLOR: black; FONT-FAMILY: Arial; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-bidi-font-family: 'Times New Roman'; mso-ansi-language: PT-BR; mso-fareast-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA"><FONT face="Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif" size=1>*Fonte: Eduardo Athayde, administrador, pesquisador e diretor do Worldwatch Institute no Brasil (</FONT><A href="http://www.wwiuma.org.br/"><FONT face="Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif" size=1>http://www.wwiuma.org.br/</FONT></A><FONT face="Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif" size=1>)</FONT></SPAN></P>