<P>A Uems deve utilizar outro processo além da autodeclaração para assegurar que somente estudantes negros sejam beneficiados pelas cotas. Essa foi a sugestão de quatro dos debatedores presentes nesta quinta-feira, 29, à <B>Audiência Pública Cotas Universitárias: Um Caminho para a Superação de Desigualdades</B>, organizado pelo deputado Pedro Kemp (PT) e pelo vereador Elias Ishi (PT) na Câmara Municipal de Dourados .</P><P>O primeiro a solicitar a formação de uma comissão que venha a validar a autodeclaração dos estudantes que escolham concorrer pela reserva para negros ou indígenas foi o autor da Lei que institui a reserva de 20% das vagas da universidade para estudantes negros, deputado Pedro Kemp. “O processo fica muito frágil e suscetível a fraudes por aquelas pessoas que de maneira alguma são alvo de discriminação com apenas o critério da autodeclaração. Queremos colaborar com o processo de regulamentação que vem sendo feito pela Uems de modo que os erros cometidos pelas universidades cariocas não aconteçam aqui”, disse. O deputado abriu a sessão parabenizando o trabalho da Uems que desde janeiro quando a lei foi sancionada tem se reunido ouvindo professores e alunos sobre a melhor forma de aplicar as cotas. </P><P></P><P class=MsoNormal>O ex-secretário de Educação e de Segurança Pública de MS, Aleixo Paraguassu, que em evento organizado pela Uems no dia 13 já havia pedido a formação de comissão composta por docentes e membros do movimento negro que analisaria a declaração dos vestibulandos, voltou a pedir que a Comissão instituída na Universidade considere as sugestões colhidas na audiência considerando indicadores até critérios sócio-economicos. A Coordenadora da Coordenadoria de Políticas de Combate ao Racismo do Governo do Estado, Ana Sena, também defendeu a revisão do critério de autodeclaração, acompanhad do presidente do Movimento Negra Atitude de Dourados, Vander Mishijima.</P><P class=MsoNormal>Segundo a professora Nívea Magalhães, da Pró-Reitoria de Ensino da Uems, que integrou a mesa no momento dos debates, logo após a fala professora Maria José Alves Cordeiro, também da Pró-Reitoria de Ensino da Uems, a regulamentação das cotas tem sido motivo de esforço estudo por parte dos professores que passaram a se reunir desde a entrada em vigor da Lei. “Na comissão que discute a cotização das vagas na Uems temos integrantes do movimento negro e da comunidade indígena. Apesar da surpresa, na reunião de segunda-feira estaremos apresentando a sugestão da audiência pública a este mesmo conselho que aprovou a nossa proposta inicial de apenas autodeclaração”, disse. </P><P class=MsoNormal> </P>