<EM>Após primeira reunião, organizada pelo deputado Pedro Kemp(PT), grupo de trabalho deve assumir encaminhamentos necessários ao debate popular </EM><P></P>Do primeiro encontro sobre a possibilidade de mudança do nome do Estado de Mato Grosso do Sul e organizado pelo deputado estadual Pedro Kemp (PT) foi instituída uma Comissão de Trabalho que deverá encaminhar as questões práticas de divulgação e consulta à sociedade. Colaboraram esta manhã, no Plenarinho da Assembléia, entre empresários, artistas, jornalistas e publicitários, o secretário de Estado de Cultura, Silvio Nucci; o presidente da Fundação de Cultura, Pedro Ortale; o deputado Pedro Teruel (PT). <P></P>“A proposta é de trabalhar pela difusão da idéia de mudança de um nome que não nos identifica; abrindo espaços para que a população se manifeste, seja no debate através de palestras, audiências públicas ou campanhas; ações que tem grande possibilidade de culminar num plebiscito” afirmou Kemp. <P></P>Dentre os representantes houve consenso no sentido de que não pode haver a partidarização da proposta, o que para o representante da Liga Pró Estado do Pantanal, Wagner Sávio, já foi utilizado antes para desqualificar a discussão. Nesse sentido o deputado Pedro Kemp declarou que não possui interesse em assumir qualquer posição de destaque e tem como meta trabalhar como ponte entre a Assembléia e o movimento. <P></P>Ao recusar qualquer função de direção Kemp colocou que entende, apesar dos pareceres jurídicos estabelecerem com competência da Assembléia Legislativa a mudança do nome do Estado, que um projeto de Lei dessa magnitude “e que altera a vida da população, só pode ser de iniciativa popular”, ou seja, apresentado como de autoria do povo do Estado. “Definitivamente o protagonismo deve ser da sociedade”, afirmou o deputado sendo apoiado pela maioria dos presentes. <P></P>Também manifestaram opinião sobre a proposta, o representante da OAB/MS, Ênio Murad; a jornalista Margarida Marques da Fundação de Culura; o presidente do Sindicato dos Guias de Turismo de MS; Arley Olarte; empresário Eduardo Coelho, presidente da Associação de Atrativos Turísticos de Bonito e Região. <P></P>O empresário Wagner Sávio comparou a história do MS com a do Estado de Tocantins, “Como se explica que um Estado de 26 anos de idade não é percebido como diferente do seu vizinho quando, o Tocantins de apenas 14 anos de idade jamais foi confundido com Goiás?”. <P></P>Também favorável a mudança do nome do estado o advogado aposentado do serviço público estadual Benjamim Fontoura, advertiu sobre não se cometer o mesmo erro da época da divisão do Estado. “Pensávamos que a divisão era suficiente, mas eu acredito que o debate está sendo maduro neste sentido porque o movimento não possui essa pretensão. Queremos mudar porque isso vai começar a dar uma entidade para nós. O Pantanal, o turismo, tem essa força que pode ajudar a reafirmarmos nossa identidade e a firmar nossa localização diante do resto do país”, afirmou. <P></P>Já se inscreveram para a comissão: da Liga Pró Estado do Pantanal, Wagner Sávio dos Santos, Sebrae/MS; os jornalistas Sérgio Cruz e José Palhano; o secretário de Estado de Cultura; Silvio Nucci; o publicitário Júlio Cabral; Edson da Silva (Profeta) pelo Fórum Estadual de Cultura; pela UEMS, Marta dos Santos; o Conventions Bureau; Arley Olarte, presidente do Sindicato dos Guias de Turismo; e o diretor da Fundação de Turismo Carlos Porto. <P></P>Um possível material de divulgação e que exemplifica a vontade de mudança dos “separatistas” é o texto de autoria do deputado Pedro Kemp e que fala da divisão do Estado e os prejuízos econômicos e sociais da não caracterização do Mato Grosso do Sul como Estado distinto do Mato Grosso; muito elogiado quanto ao seu teor histórico durante o evento.