Dois fatos marcaram o primeiro dia de Audiência sobre Políticas Públicas para a Juventude na Assembléia, a atenção com que os jovens mais de 350 jovens presentes acompanharam as atividades no plenário Júlio Maia, principalmente a palestra do Professor do Depto. de Psicologia da Unijuí, Paulo Denisar Fraga; e também a representatividade do encontro, mais de um representante de cada um dos 77 municípios participam hoje e amanhã da elaboração de uma carta do Mato Grosso do Sul que deverá constar no relatório da Comissão Especial da Câmara sobre PPJ.<P></P>Participaram da Mesa, o deputado estadual Pedro Kemp (PT), - como presidente da audiência e organizador; o deputado federal João Grandão (PT), também da organização e representando no evento a CEPPJ; os deputados Pedro Teruel (PT), Simone Tebet (PMDB), além do professor do Departamento de Psicologia e Sociologia da Universidade da Unijuí, Paulo Denisar Fraga. Na fala do deputado Pedro Kemp ficaram evidentes alguns problemas que a juventude enfrenta nas áreas da saúde, como a gravidez na adolescência que de acordo com as estatísticas nacionais e da capital são proporcionais a escolaridade das mães, a infecção pelo hiv, o apoio e atendimento específico; na área do trabalho, o subemprego, a falta de oportunidades; e área da segurança, o MS é o sétimo em número de mortes de jovens entre 17-20; na questão étnica, denunciando os suicídios entre índios, - somente neste ano foram 51 casos segundo dados do CIMI/MS. <P></P>O professor Paulo Denisar falou sobre os momentos da história em que a juventude foi ignorada e as consequências da ausência de políticas para o jovem, citando como exemplo o fascismo italiano e o nazismo alemão. Neste mesmo sentido, Paulo caracterizou a juventude não somente como um estado próprio de uma determinada faixa etária, mas como uma predilação pela liberdade, pela aversão ao dogmatismo e ao conservadorismo, o que independeria, segundo ele, de idade.<P></P>Amanhã na parte da manhã os inscritos para os seis Grupos de Trabalho temáticos devem se reunir em seis espaços, três deles dentro da Assembléia, os demais nos auditórios dos prédios da Sehinfra, Semact e Idaterra. Na parte da tarde será a vez dos jovens apresentarem de forma sistematizada suas propostas e de comporem a Carta de Mato Grosso do Sul.
