<p><font face="Verdana" size="2">Após apresentar a PEC (Projeto de Emenda à Constituição) que prevê a redução do recesso parlamentar em Mato Grosso do Sul de 90 para 55 dias no ano, o deputado estadual Pedro Kemp (PT), líder do governo na Assembléia Legislativa, ocupou a tribuna na sessão desta quinta-feira, dia 16, para defender mudanças no comportamento político. </font></p><p><font face="Verdana" size="2">Para Kemp, o Congresso Nacional deu uma resposta à população ao cortar o recesso de deputados federais e senadores e pôr fim ao pagamento de convocações extraordinárias durante o recesso. Mas lamentou o fim da verticalização e a tímida reforma política que vem sendo discutida pelos congressistas. Elaborado com o objetivo não só de baratear custos de campanha, mas de combater o caixa dois nas eleições e dar mais transparência às disputas, o projeto que revê as regras eleitorais sofreu um forte encolhimento na Câmara. Reunião de líderes partidários no dia 07 de fevereiro consolidou o processo de enxugamento do texto elaborado pelo senador Jorge Bornhausen (PFL-SC) e aprovado pelo Senado em agosto. </font></p><p><font face="Verdana" size="2">Outro ponto abordado por Kemp em seu discurso nesta quinta-feira foi o fim da verticalização. Sem a regra, os políticos ficam livres nos estados para fazerem as alianças, independente se o partido coligou ou não em esfera federal. “ A queda da verticalização foi um passo atrás. É um retrocesso, já que as alianças serão pragmáticas, sem coerências entre os partidos”, afirmou o deputado. “Espero que o congresso reveja a verticalização, a reforma política. É preciso pôr fim a dança de partidos, chega de partidos de aluguel. A população exige mudanças no comportamento dos políticos”, completou. </font></p><p><font face="Verdana" size="2">Além de Kemp, os deputados Akira Otsubo (PMDB), Sérgio Assis (PSB) e Waldir Neves (PSDB) propuseram projetos semelhantes, prevendo a redução do recesso parlamentar em Mato Grosso do Sul. Das quatro propostas, no entanto, apenas a de Neves estabelece férias de 45 dias, dez a menos do que o projeto aprovado no Congresso Nacional. Pela proposta já acatada na Câmara e no Senado, os parlamentares vão passar a se reunir de 2 de fevereiro a 17 de julho e de 1º de agosto a 22 de dezembro, 35 dias a menos do que estabelecia a antiga legislação. Conforme Kemp, os deputados devem chegar a um acordo e encaminhar apenas uma proposta de lei. </font></p>