Entidades de educação especial discutem amanhã manutenção de convênios

<P><FONT face=Verdana size=2>Uma comissão formada por representantes de entidades de educação especial se reúne nesta quinta-feira com o governador do Estado, André Puccinelli, para discutir a manutenção dos convênios que garantem às instituições a cedência de professores da rede estadual de ensino. O encontro deve ocorrer, conforme previsão do cerimonial do governo do Estado, logo após Puccinelli ler a mensagem do governo na Assembléia Legislativa. Inicialmente, a reunião estava prevista para ter início antes da abertura dos trabalhos legislativos, mas pela confirmação oficial do governo deve ocorrer somente após a solenidade. </FONT></P>
<P><FONT face=Verdana size=2>No encontro, o grupo entregará a Puccinelli uma carta assinada por representantes das entidades de educação especial da Capital e do interior. No documento, as instituições relatam a importância da manutenção do convênio para sobrevivência destas entidades e do atendimento adequado para as pessoas com deficiência.&nbsp; "A qualidade do trabalho oferecido por estas instituições, comprovada em sua trajetória, vem sendo possível pela efetiva parceria firmada com o Estado, na qual a contrapartida realizada pelas instituições se faz pela manutenção da estrutura física do prédio, oferecimento de recursos materiais e mobiliários adaptados, a garantia da prestação dos serviços de saúde e assistência social especializados, a qualificação contínua dos profissionais ...", apelam as instituições no documento. </FONT></P>
<P><FONT face=Verdana size=2>Ontem, representantes de 23 entidades decidiram por unanimidade, em reunião realizada no ISMAC (Instituto Sul-Mato-Grossense para Cegos), rejeitar proposta do governo que previa o fim dos convênios. A estratégia do executivo é transferir para as instituições o ônus da contratação de profissionais e ainda reduzir em 20% os gastos com a educação especial. Outro encaminhamento tomado pelas instituições é de que as aulas não serão iniciadas até que as entidades e o governo cheguem a um acordo. Para aquelas escolas que já começaram os trabalhos o jeito foi paralisar as atividades como é o caso da Orionópolis Sul-Mato-Grossense. Conforme o diretor presidente da entidade, Padre Braz Ricardo, sem a cedência dos profissionais não será possível retomar o serviço à comunidade, que atende atualmente 42 pessoas com deficiências múltiplas. O caso é preocupante também no ISMAC, onde todos os profissionais do Instituto são cedidos pelo Estado. Já na Apae, são 30 educadores, sendo que 25 deles são convocados, ou seja, não têm cargos efetivos no Estado. </FONT></P>
<P><FONT face=Verdana size=2>O deputado Pedro Kemp, líder do PT na Assembléia Legislativa, esteve reunido também nesta terça-feira com o governador André Puccinelli. No encontro, Kemp apelou ao Governo do Estado que mantenha a cedência dos professores da rede estadual para cerca de 90 instituições que oferecem a educação especial em Mato Grosso do Sul, como a Associação dos Pais e Amigos dos Excepcionais (APAEs) e Pestallozzi.<BR></FONT></P>