Em audiência, Kemp sugere lei federal para pôr fim aos conflitos agrários entre índios e produtores

24/10/2007 - 15:09 Por: Josy Macedo, assessoria do Mandato Pedro Kemp (PT)   

<p align="justify"><font face="Verdana" size="2"><img height="197" alt="Roberto Higa" width="200" align="right" src="/Portals/0/Pedro Kemp/2310kemp.jpg" />A Assembl&eacute;ia Legislativa de Mato Grosso do Sul deve encaminhar nos pr&oacute;ximos dias aos deputados da Bancada Federal do Estado e ao Minist&eacute;rio da Justi&ccedil;a proposta para p&ocirc;r fim aos conflitos ind&iacute;genas em Mato Grosso do Sul. A Sugest&atilde;o foi apresentada pelo l&iacute;der do PT na Assembl&eacute;ia Legislativa, deputado Pedro Kemp, durante a audi&ecirc;ncia p&uacute;blica &ldquo;Quest&atilde;o Ind&iacute;gena e Estado de Direito&rdquo; realizada ontem, 23, no plen&aacute;rio J&uacute;lio Maia. De acordo com Kemp, a solu&ccedil;&atilde;o para as disputas de terras envolvendo os propriet&aacute;rios e a popula&ccedil;&atilde;o ind&iacute;gena deve passar por um projeto de lei a ser aprovado no Congresso Nacional que indenize os produtores rurais pelo erro cometido pelo Governo Federal ao titular &aacute;reas ind&iacute;genas.</font></p>
<p class="western" style="margin-bottom: 0cm" align="justify"><font face="Verdana" size="2">O parlamentar esclareceu que em Mato Grosso do Sul, ao contr&aacute;rio de outros estados brasileiros, a Uni&atilde;o vendeu e titulou terras tradicionalmente ind&iacute;genas. &ldquo;Eu avalio que somente um projeto de lei que estabele&ccedil;a a indeniza&ccedil;&atilde;o &agrave;queles que compraram de boa f&eacute; terras, hoje, consideradas ind&iacute;genas poder&aacute; p&ocirc;r fim a esses conflitos. Essa indeniza&ccedil;&atilde;o seria pelo erro cometido no passado pelo Estado Brasileiro ao titular irregularmente essas terras&rdquo;, enfatizou.</font></p>
<p class="western" style="margin-bottom: 0cm" align="justify"><font face="Verdana" size="2">Pedro Kemp defende ainda que seja formada uma mesa de negocia&ccedil;&atilde;o, intermediada pela Funai (Funda&ccedil;&atilde;o Nacional do &Iacute;ndio), que re&uacute;na os propriet&aacute;rios de terras e lideran&ccedil;as ind&iacute;genas de Mato Grosso do Sul. &ldquo;Nesta negocia&ccedil;&atilde;o seria discutido o processo de indeniza&ccedil;&atilde;o destes propriet&aacute;rios, a fim de que os &iacute;ndios tenham de volta seus Tekoh&aacute;&rdquo;, explicou, referindo-se aos territ&oacute;rios ind&iacute;genas. </font></p>
<p class="western" style="margin-bottom: 0cm" align="justify"><font face="Verdana" size="2">O deputado, que tem seu mandato pautado na luta dos movimentos sociais, fez tamb&eacute;m a defesa do CIMI (Conselho Indigenista Mission&aacute;rio). Durante a audi&ecirc;ncia p&uacute;blica, o Conselho recebeu duras cr&iacute;ticas dos representantes dos produtores rurais e de deputados estaduais ligados ao segmento. Ao lembrar dos compromissos do CIMI, Kemp enfatizou que a entidade n&atilde;o tem como objetivo incentivar a viol&ecirc;ncia no campo, t&atilde;o pouco incitar a ocupa&ccedil;&atilde;o de terras. &ldquo;O CIMI atua respeitando a autonomia das comunidades ind&iacute;genas, seu protagonismo. A decis&atilde;o de ocupar &eacute; da popula&ccedil;&atilde;o ind&iacute;gena e n&atilde;o dos militantes do CIMI&rdquo;, explicou.</font></p>
<p class="western" style="margin-bottom: 0cm" align="justify"><font face="Verdana" size="2">Na manh&atilde; de hoje ao responder &agrave;s cr&iacute;ticas do deputado Paulo Corr&ecirc;a sobre o CIMI, Pedro Kemp lembrou que a entidade &eacute; um organismo oficial da Igreja Cat&oacute;lica, ligado &agrave; CNBB (Confer&ecirc;ncia Nacional dos Bispos do Brasil). &ldquo;Tem uma atua&ccedil;&atilde;o mission&aacute;ria, prestando assessoria jur&iacute;dica &agrave; popula&ccedil;&atilde;o ind&iacute;gena. Eu acompanho o trabalho do Conselho, sei que seus dirigentes s&atilde;o estudiosos da popula&ccedil;&atilde;o ind&iacute;gena e respeitam a autonomia e o protagonismo das comunidades&rdquo;, frisou. </font></p>
<p class="western" style="margin-bottom: 0cm" align="justify"><font face="Verdana" size="2">O CIMI &eacute; dirigido nacionalmente pelo Bispo Dom Franco Masserdotti, tendo como objetivos, definidos pela Assembl&eacute;ia Nacional de 1995, o apoio &agrave;s comunidades ind&iacute;genas. &ldquo;O objetivo da atua&ccedil;&atilde;o do Cimi foi assim definido pela Assembl&eacute;ia Nacional de 1995: &ldquo;Impulsionados(as) por nossa f&eacute; no Evangelho da vida, justi&ccedil;a e solidariedade e frente &agrave;s agress&otilde;es do modelo neoliberal, decidimos intensificar a presen&ccedil;a e apoio junto &agrave;s comunidades, povos e organiza&ccedil;&otilde;es ind&iacute;genas e intervir na sociedade brasileira como aliados (as) dos povos ind&iacute;genas, fortalecendo o processo de autonomia desses povos na constru&ccedil;&atilde;o de um projeto alternativos, pluri&eacute;tnico, popular e democr&aacute;tico&rdquo;, descreve assim sua atua&ccedil;&atilde;o a entidade. </font></p>
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