Governo pratica arrocho salarial em MS, diz Kemp

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30/04/2009 - 13:09 Por: Josy Macedo, assessoria de imprensa dep. Pedro Kemp (PT)    Foto: Giuliano Lopes

Dos 49% da arrecadação a que têm direito para custear os gastos com a folha de pagamento dos servidores estaduais, Mato Grosso do Sul utiliza apenas 35,2% para este fim, 14% a menos do que a Lei de responsabilidade fiscal permite. De acordo com publicação da folha de São Paulo, do dia 12 de abril, MS é o 18º Estado do país em comprometimento da receita com o funcionalismo. Para o deputado Pedro Kemp (PT), os números demonstram que há margem para negociação entre governo e servidores públicos.“O governo está praticando arrocho fiscal”, resumiu.

Nos últimos dias, diversas categorias iniciaram manifestações reivindicando reajuste salarial. Na manhã de hoje, servidores da saúde, polícias militar e civil estiveram na Assembleia Legislativa para pedir apoio aos deputados. Eles reclamam da falta de diálogo do executivo com os servidores. O vice-presidente da Associação dos Cabos e Soldados da PM e dos Bombeiros, Edmar Soares da Silva, disse ao ocupar a tribuna da Assembleia que o Fórum dos Servidores da Segurança Pública (Forsep) representa 17 mil servidores, no entanto, o governador se recusou a receber um documento com as reivindicações da categoria e os representantes do fórum. "É uma falta de respeito com os servidores", criticou.

O deputado Pedro Kemp exigiu que o governo abra uma negociação imediata com todas as categorias, já que os projetos prevendo os reajustes do funcionalismo devem chegar à Assembleia Legislativa nos próximos dias. O parlamentar informou ainda que tem recebido uma série solicitações dos servidores que reclamam a falta de negociação. “Temos essas demandas e os servidores batem à porta da secretaria de administração e ninguém atende. Vai ficar muito difícil para Assembleia votar esses projetos sem a negociação com as categorias”, ponderou.

Saúde

Kemp lembrou ainda que o governo não pôs em prática ainda o Plano de Cargos e Carreira (PCC) dos servidores da saúde. A categoria briga na Justiça para ver assegurado o direito, previsto em lei aprovada pela Assembleia Legislativa. “A Justiça já disse que precisa aplicar o PCC, deu prazo e não foi cumprido. Agora, os servidores só faltam pedir ajuda para o papa”, ironizou.

De acordo com informações do líder do governo, Youssif Domingos (PMDB), o reajuste dos servidores deve chegar à Casa nos próximos dias e deve ser votado ainda na primeira quinzena de maio.
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