Entidades reclamam da falta de leitos para internação de usuário de drogas e álcool em MS
22/05/2009 - 14:09
Por: Josy Macedo, assessoria de imprensa dep. Pedro Kemp (PT)
Foto: Giuliano Lopes
Participante da audiência pública, a secretária estadual de Saúde, Beatriz Dobashi, apresentou dados sobre o número de leitos existentes em três macro-regiões de Mato Grosso do Sul. De acordo com o levantamento, na macro-região de Campo Grande, que compreende 11 municípios de Mato Grosso do Sul existem 71 leitos disponíveis, já na região de Dourados que abrange outras 13 cidades do Estado, o número cai para 27. E em Três Lagoas, há 23 leitos que recebem a demanda de 4 municípios. Em Mato Grosso do Sul, existem apenas 4 CAPS/AD (Centro de Atendimento Psico-sensorial Álcool e Drogas). As unidades são responsáveis por acompanhar e contribuir no tratamento desses usuários e se tornaram ferramentas importantes para a reabilitação dos dependentes..
Discussões apontam, no entanto, que a internação de usuários de droga e álcool deve ser superada e de que o tratamento precisa preservar o vínculo familiar e todas as relações sociais. Participaram do encontro ainda o secretário municipal de Saúde, Luiz Henrique Mandetta, a coordenadora do CAPS-AD Campo Grande, Maria Beatriz Almeidinha e o consultor técnico do programa de Saúde Mental do Ministério da Saúde e presidente da Associação Brasileira de Redução de Danos, Domiciano Siqueira.
Siqueira ponderou que desde a chegada do Programa de Redução de Danos ao Brasil, há 20 anos, ocorreram avanços significativos, como a queda na transmissão do vírus HIV e nos índices de hepatite, mas que a aceitação da proposta pela sociedade vai exigir uma reorganização do modo de pensar da população. “As raízes da proibição estão enraizadas dentro do sistema de educação e a implantação de um programa de redução de danos vai exigir uma reorganização da sociedade”, disse lembrando que há hoje uma epidemia relacionada ao uso de drogas no Brasil, dentre elas a hepatite, HIV e a violência.
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