70% dos professores de Campo Grande não estão preparados para a educação inclusiva, diz pesquisa

07/08/2009 - 17:06 Por: Josy Macedo, assessoria de imprensa dep. Pedro Kemp (PT)   

Pesquisa realizada pelo IPEMS (Instituto de Pesquisa de Mato Grosso do Sul) e encomendada pela ACP (Associação Campo-Grandense dos Profissionais da Educação) revela que de cada dez professores da rede pública de ensino da Capital, sete afirmam que não estão preparados para a chamada educação inclusiva. Os dados foram coletados em 20 escolas da rede municipal e estadual de Campo Grande e ouviu um universo de 1400 educadores, entre diretores, professores e especialistas.

Os números foram apresentados na tarde desta sexta-feira, dia 07, na Audiência Pública “Escola Especial: Um Direito de Escolha”, proposta pelo deputado Pedro Kemp, presidente da Frente Parlamentar em Defesa da Pessoa com Deficiência da Assembleia Legislativa. O encontro discute o parecer 13/2009 do Conselho Nacional de Educação que altera a forma de repasse do FUNDEB (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação) e, na prática, transforma as entidades de educação especial em apenas centros de apoio, já que obriga a matrícula na rede regular de ensino de todas as crianças com deficiência.

Para o presidente da ACP, professor Geraldo Alves Gonçalves, as escolas não têm como receber os 5.200 alunos que hoje freqüentam apenas as escolas especiais. “A escola e o professor não estão preparados para receber esses alunos. Faltam mobiliário, alimentação adequada, banheiros adaptados. Somos favoráveis a inclusão, mas não dessa forma”, diz. De acordo com Geraldo Gonçalves, os dados completos do levantamento devem ser apresentados nos próximos dias.

Participam da audiência pública, 59 municípios do Estado e pelo menos 600 pessoas, que lotam o plenário da Assembleia Legislativa na tarde de hoje.





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