Temos uma impunidade latente em MS, diz Comcex

27/08/2009 - 16:25 Por: Josy Macedo, assessoria de imprensa dep. Pedro Kemp (PT)   

A coordenadora do Comcex (Comitê Estadual de Enfrentamento à Violência Sexual Contra Crianças e Adolescentes), Estela Márcia Scândola, relatou na tarde desta quinta-feira, dia 27, durante o seminário Enfrentando à Violência Sexual Contra Crianças e Adolescente, realizado na Assembleia Legislativa, as dificuldades para combater em Mato Grosso do Sul os crimes cometidos contra crianças e adolescentes. Scândola cobra a retomada imediata de uma equipe de inteligência da Polícia Civil para apurar as denúncias de abuso, exploração e violência sexual de menores de idade. O serviço foi desativado nos últimos anos pelo atual governo.

Outra preocupação, de acordo com o Comitê, é com a falta de punição aos crimes denunciados. “A impunidade é latente em Mato Grosso do Sul. Quando o violador é pobre, fica preso, mas se não, o hábeas corpus vem antes do violador ser detido”, disse. Para Estela Scândola, é necessário mudar um padrão de pensamento da sociedade, que culpa e responsabiliza crianças e adolescentes, vítimas, pelos crimes. “A exploração tem que sair do ato sexual. Precisa sair da ideia de moral e chegar ao fato de que crianças e adolescentes tem sua sexualidade violado”, pondera.

Pelo menos 150 pessoas participam do Seminário Enfrentando à Violência Sexual Contra Crianças e Adolescentes, de autoria do deputado Pedro Kemp (PT) e o Comcex. O encontro reúne ainda a delegada da DEPCA (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente), Regina Márcia Rodrigues de Brito Mota, o coordenador do Núcleo do Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas Ministério Público de Goiás, Saulo Castro Bezerra, a presidente do CEDCA (Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente), Vera Lúcia Silva Ramos.




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