Pedro Kemp cobra investimento na saúde em MS

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04/11/2010 - 11:27 Por: Josy Macedo, assessoria de imprensa    Foto: Roberto Higa

O deputado estadual Pedro Kemp (PT) ocupou a tribuna na sessão legislativa dessa quinta-feira, dia 4, para cobrar providências das autoridades de saúde pública do Estado e investimentos na área, uma das mais castigadas em Mato Grosso do Sul. Desde o mês passado, a direção do Hospital Regional Rosa Pedrossian determinou a suspensão de parte dos atendimentos para cortar gastos. A exigência é do governo do Estado que alega a necessidade de adequação à LRF (Lei de Responsabilidade Fiscal).

Com a medida, foram suspensas as cirurgias eletivas e realizado o corte no número de leitos disponíveis. De acordo com o parlamentar, as instituições públicas também deixaram de realizar os exames de radioterapia, necessários para o tratamento de câncer. “Pacientes que não têm recursos estão tendo que adiar o tratamento. Isso é muito preocupante”, disse o deputado, ao explicar que o serviço de radioterapia do Hospital Universitário foi desativado há pelo menos dois anos.

Pedro Kemp cobrou do governo do Estado e da prefeitura de Campo Grande investimento no setor, que é apontado pelas autoridades como prioridade pública. “Essa é a situação da área da saúde que todos falam que é prioridade, em um estado em que o governador é médico e o prefeito da capital também”, lamentou. O parlamentar cobrou, mais uma vez, explicações do governo sobre os recursos aplicados no mercado financeiro, que giram em torno de R$ 1 bilhão. “É um absurdo ter que constatar isso, sabendo que o governo tem dinheiro guardado, enquanto o hospital corta investimento. Pra quê? Para guardar mais dinheiro?”, questionou.

Ao finalizar seu pronunciamento, Pedro Kemp lembrou a onda de violência enfrentada pelos profissionais de saúde nos postos de Campo Grande. Conforme levantamento divulgado essa semana e realizado entre janeiro e setembro de 2010, foram registradas 345 ocorrências de agressões aos servidores da saúde, em um período de 252 dias. “Todo mundo sabe que faltam médicos, pediatras e especialistas, mas e aí a situação fica dessa forma?”, questiona, ao cobrar ainda atuação do Ministério Público Estadual e Federal.
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