Audiência Pública debate a situação da UEMS
08/12/2010 - 11:26
Por: Josy Macedo, assessoria de imprensa dep. Pedro Kemp
Nos últimos três anos, a UEMS praticamente teve o orçamento congelado pelo executivo, embora tenha aumentado o número total de vagas oferecidas à população. Em 2008, o orçamento previsto para a instituição foi de R$ 97 milhões. No ano seguinte, R$ 79 milhões. Já para esse ano, o montante estimado foi de R$ 77 milhões e para 2011 será de R$ 79 milhões. “Além do mais, os repasses do executivo à UEMS têm ficado abaixo do orçado”, esclarece o deputado Pedro Kemp, autor da audiência.
Em algumas unidades a situação é tão precária que já impossibilita o oferecimento de serviços. É o caso do Centro de Educação Profissional de Aquidauana (CEPA), antigo CERA, que oferece cursos de educação profissional, técnico de nível médio e especialização técnica de nível médio.
De acordo com documento da unidade enviado ao governador André Puccinelli, o processo de seleção de novos estudantes ainda não foi aberto e não há previsão para realização do concurso. Os salários dos servidores também estão em atraso. “Por falta do repasse financeiro da UEMS para a FAPEMS, esta suspendeu por tempo indeterminado a folha de pagamento do mês de outubro dos professores e funcionários e decidiu demitir todos em dezembro de 2010 e o reitor da UEMS não autorizou, até o momento, a abertura do processo seletivo de 2011”, relata o documento assinado por professores da instituição.
Em Glória de Dourados, um movimento chamado S.O.S UEMS foi criado por professores, técnicos administrativos e comunidade acadêmica para chamar a atenção para os problemas da unidade. De acordo com o grupo, o último repasse feito à instituição ocorreu em fevereiro deste ano. Faltam recursos para limpeza, higiene e não existem laboratórios para as atividades práticas dos cursos de graduação. “Na unidade tem dois cursos tecnológicos que demandam investimentos para o seu funcionamento, no entanto, isso não vem acontecendo. Para que os cursos sejam estruturados adequadamente seria necessário que uma soma de recursos fosse aplicada com urgência”, disse Fábio Jr, representante dos estudantes e presidente da Comissão S.O.S UEMS.
Indefinição também no Campus de Campo Grande, onde não há salas disponíveis para todos os acadêmicos. De acordo com os professores, com a chegada dos novos estudantes, aprovados pelo ENEM (Exame Nacional do Ensino Médio), não haverá estrutura suficiente para os alunos dos anos seguintes. Há problemas também com a falta de laboratórios de línguas, geografia e informática, além da precária biblioteca oferecida aos estudantes.
Para a audiência pública, foram convidados o reitor da UEMS, Dr. Gilberto José de Arruda, a secretária de Estado de Educação, Maria Nilene Badeca da Costa, o secretário de Estado de Meio Ambiente, Carlos Alberto Negreiros Said de Menezes, a secretária de Estado de Trabalho e Assistência Social, Tânia Garib, a presidente da ADUEMS (Associação dos Docentes da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul), Marina Wenceslau e o presidente do DCE (Diretório Central dos Estudantes) da UEMS, André Luiz Constantino Barbosa.
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