Governo inicia negociação com a UEMS, diz Pedro Kemp

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09/12/2010 - 18:40 Por: Josy Macedo, assessoria de imprensa    Foto: Roberto Higa

O governo do estado iniciou nesta quinta-feira, antes da audiência pública para debater a realidade da UEMS (Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul), negociação com a entidade. Os representantes da instituição e o executivo analisam as necessidades financeiras da universidade, que vem enfrentando problemas econômicos desde que perdeu sua autonomia financeira, em 2008.

De acordo com o deputado Pedro Kemp, autor da audiência, nesta quinta-feira, o reitor da UEMS, Gilberto Arruda, volta a negociar com o executivo. Arruda se reúne com o secretário de Estado de Fazenda, Mario Sérgio Lorenzeto. “O governo vem sinalizando ainda a proposta de realizar, a partir do próximo ano, reuniões periódicas com os dirigentes da UEMS para avaliação das suas necessidades, evitando com isso que os problemas se acumulem”, explica. Kemp lembra que a audiência pública colaborou para que o governo abrisse um canal de negociação com a universidade.

Durante a audiência pública “A contribuição da UEMS para o desenvolvimento do Estado”, o reitor da instituição, Gilberto Arruda, relatou que a universidade tem enfrentado problemas financeiros, principalmente, para realizar investimentos. Ele informou que o Governo do Estado tem repassado cerca de R$ 5,1 milhões por mês à UEMS. Do total, R$ 4,6 milhões são destinados às despesas com pessoal. Somente R$ 500 mil são destinados ao custeio – compra de materiais, equipamentos, livros, etc. “Estimamos que, com um aumento de R$ 1,5 milhão para o custeio poderíamos ter novo fôlego para manter a instituição”, explicou Arruda. A UEMS conta ainda com repasses provenientes de emendas parlamentares.

O deputado Pedro Kemp sugeriu, durante o encontro, que a UEMS, atualmente vinculada a Secretaria de Meio Ambiente, Planejamento, Cultura, Ciência e Tecnologia fosse deslocada para a Secretaria de Educação. “Ao invés de ficar atrelada a uma super pasta como é a Secretaria de Meio Ambiente, a UEMS poderia ficar na educação que tem hoje um quarto do orçamento do estado”, explicou.

Nos próximos dias, um documento apontando as principais considerações da audiência pública deve ser encaminhado ao governo do Estado. A Universidade Estadual fundada em 1993 já formou, entre os anos de 1994 e 2010, quase 10 mil alunos. Conforme a instituição, 78% dos acadêmicos são oriundos do ensino público e 80% têm renda familiar de até 5 salários mínimos.
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