Pedro Kemp repudia agressão praticada por seguranças das Lojas Americanas

O deputado estadual Pedro Kemp (PT) ocupou a tribuna na Assembleia Legislativa na sessão desta terça-feira, 26, para repudiar a agressão praticada por Seguranças das Lojas Americanas, unidade Central de Campo Grande. No sábado, 23, o vigilante Márcio Antônio de Souza, de 33 anos, foi brutalmente espancado pelos funcionários da loja, sob a suspeita de ter furtado um ovo de páscoa. Por conta da violência, Márcio teve fraturas no nariz, além de sérios hematomas pelo corpo e nos olhos. Ele aguarda cirurgia na Santa Casa de Campo Grande. “Ele foi levado para uma sala antes mesmo de poder mostrar a nota fiscal que comprovava a compra dos ovos em outro estabelecimento”, explicou o parlamentar.

O deputado Pedro Kemp lamentou o fato e lembrou que esse não é o primeiro caso de violência praticado por seguranças das Lojas Americanas. Em fevereiro de 2008, Heitor Medeiros Guedes, de 26 anos, também foi agredido por seguranças. À época, o rapaz contou que havia sido levado para uma pequena sala, sem janelas, no interior da loja e agredido com cabo de vassoura, socos e chutes no estômago. Um dos seguranças teria tentado sufocar Heitor, apertando o pescoço dele. “Os seguranças das Lojas Americanas não abordam para saber o que aconteceu e já partem para pancadaria”, acrescentou.

O parlamentar relatou ainda uma terceira ocorrência, desta vez envolvendo alunos da Escola Especial Pestalozzi de Campo Grande. Segundo Kemp, dois jovens usando o uniforme da entidade pegaram dois CDs e também sofreram violência física. “São crianças com deficiência”, lembrou.

Pedro Kemp sugeriu ao final do seu pronunciamento que a Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa envie um expediente à administração das Lojas Americanas em Campo Grande pedindo providências sobre o caso e sugerindo cautela na contratação da empresa responsável pela segurança do estabelecimento. “Que as pessoas não sejam mais agredidas violentamente. As Lojas Americanas não podem resolver essas situações na pancadaria, nem mesmo se as pessoas tivessem furtado, o que não é o caso”, enfatizou.