Kemp cobra “mesma” celeridade da Justiça e da Polícia para os crimes contra os índios

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01/09/2011 - 15:13 Por: Josy Macedo, assessoria de imprensa dep. Pedro Kemp (PT)    Foto: Giuliano Lopes

Enumerando casos ainda não solucionados pela Polícia ou em compasso de espera para serem julgados pelas autoridades judiciais, o deputado estadual Pedro Kemp cobrou hoje durante a sessão legislativa celeridade do Judiciário e da polícia federal para apuração e julgamento dos crimes cometidos contra os indígenas de Mato Grosso do Sul.

O parlamentar reforçou em seu pronunciamento o pedido de igualdade na atuação dos órgãos responsáveis por investigações criminais e por julgar as causas envolvendo brancos e índios. “Na hora de socorrer o direito de não índio, as autoridades agem: vão lá cumprem a ordem judicial. Na hora de apurar um atentado, violência contra estudantes que estavam voltando da escola à noite para suas casas, não tem resposta nenhuma”, disse ao lembrar dos indígenas feridos em um ataque à ônibus ocorrido no dia 03 de junho, no município de Miranda. Uma estudante, Lurdivones Pires, morreu em decorrência das queimaduras provocadas por uma garrafa com líquido explosivo, que foi jogado dentro do ônibus.

O parlamentar cobrou ainda apuração de crimes contra indígenas que praticamente caíram no esquecimento público. É caso da morte de dois professores Guarani Kaiowá, Genivaldo Vera e Rolindo Vera, assassinados brutalmente por milícias armadas, em Paranhos. “Também ninguém sabe quem é que provocou aquelas mortes. Não se apurou nada. Não temos reposta de nada. Um corpo foi encontrado e o outro até hoje não se tem notícia”, disse, recordando ainda das mortes de Julite Lopes, Ortiz Lopes, Marcos Véron, Dorvalino Rocha e Osvaldo Rocha. “Esses aqui são nomes de pessoas humanas, de brasileiros que foram mortos e até agora não há uma explicação. Não há uma solução para esses casos”, lamentou.
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