<P><FONT face="Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif" size=2>A idéia de se implantar usinas de álcool e açúcar nos municípios localizados na região do Pantanal divide opiniões na Assembléia Legislativa, que começou a debater hoje o primeiro projeto polêmico do ano. </FONT></P><P><FONT face="Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif" size=2>Na iminência de ser enviado à Casa, o projeto esboçado pela Secretaria de Produção e Turismo, que modifica lei estadual de 1981, deve provocar grandes polêmicas em plenário devido a sua complexidade e divergentes interesses tanto no meio político como nos setores ambientalistas que apontam, como conseqüência maior, agressão ao meio ambiente. </FONT></P><P><FONT face="Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif" size=2>A polêmica levou o secretário Dagoberto Nogueira (Produção) a fazer “lobby” na Assembléia na manhã de hoje, na tentativa de convencer os parlamentares a incluir a matéria na pauta de votação. </FONT></P><P><FONT face="Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif" size=2>Além de fazer corpo-a-corpo no plenário da Casa, Dagoberto reuniu-se momentos depois com a bancada do PT, composta pelo deputados Pedro Kemp, líder do Governo, Pedro Teruel e Semy Ferraz. </FONT></P><P><FONT face="Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif" size=2>A primeira barreira encontrada pelo secretário está dentro da bancada de seu próprio partido, o PDT, já que o deputado Ary Rigo, avisou, na semana passada, que fará oposição a proposta de criação de usinas nos municípios do Pantanal. </FONT></P><P><FONT face="Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif" size=2>Rigo, que é primeiro-secretário da Mesa Diretora, tem forte influência tanto na bancada pedetista, composta por sete parlamentares, quanto em outros partidos. </FONT></P><P><FONT face="Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif" size=2>A prova disso é que ele ganhou, de cara, o apoio de alguns deputados de oposição, como Waldir Neves (PSDB). </FONT></P><P><FONT face="Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif" size=2>Em sua justificativa, o secretário alega que 26 empresas já manifestaram interesse em se instalar em Mato Grosso do Sul, o que poderia render investimento de R$ 3 bilhões. </FONT></P><P><FONT face="Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif" size=2>“Hoje as usinas de álcool não são tão poluidoras quanto antigamente porque o vinhoto, líquido que sobra da produção do álcool, é reutilizado como adubo e o bagaço pode ser reaproveitado na produção de energia” afirmou, em entrevista à imprensa. </FONT></P><P><FONT face="Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif" size=2>O deputado Paulo Corrêa (PL), que havia apresentado idéia semelhante no passado, admitiu ter sido pressionado a retirar o projeto. Segundo ele, a matéria tem de ser amplamente debatida para que não pairem dúvidas sobre o assunto. </FONT></P><P><FONT face="Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif" size=2>Na avaliação de Zé Teixeira (PFL), líder da bancada ruralista, o projeto é viável desde que não venha agredir o meio ambiente. </FONT></P><P><FONT face="Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif" size=2>“Temos que debater com inteligência, com coerência, com respeito ao meio ambiente. Hoje a tecnologia é avançada e existem muitos mecanismos, o vinhoto já é aproveitado, agora o que precisa é se ter a garantia de que realmente os afluentes não serão poluídos”, declarou, prometendo votar favorável a matéria. </FONT></P><P><FONT size=2><FONT face="Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif"><STRONG>Desequilíbrio</STRONG> - A maior preocupação das autoridades ambientalistas é que muitas destilarias lançam o vinhoto em rios e lagos, provocando desequilíbrio ecológico nos ecossistemas. </FONT></FONT></P><P><FONT face="Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif" size=2>Por esse motivo, severas restrições são feitas. O Conselho Nacional do Álcool (CONAL) e a Comissão Executiva Nacional do Álcool (CENAL), impõem, durante a aprovação dos projetos, que cada destilaria, ao se instalar, processe adequadamente o vinhoto. </FONT></P><P align=right><FONT face=Verdana size=1><EM>Willams Araújo</EM></FONT></P>