Zé Teixeira questiona votação secreta e expõe voto contrário

20/12/2006 - 15:20 Por: Willams Araújo

Willams Araújo
<IMG height=140 hspace=10 src="/Portals/0/Noticias/DEZEMBRO_fotos/ze2012.jpg" width=210 align=left vspace=2 border=0>O deputado estadual Zé Teixeira (PFL) disse à imprensa, agora há pouco, que lamenta que a Mesa Diretora da Assembléia Legislativa não tenha considerado seus argumentos para que a sessão na qual a maioria dos parlamentares presentes em plenário votou favorável a PEC (Proposta de Emenda Constitucional) que estabelece pensão vitalícia a ex-governadores de Mato Grosso do Sul. 
Zé Teixeira, que foi um dos sete parlamentares que votaram contra o benefício, chegou a apresentar,  baseado no  artigo 297 do Regimento Interno da Assembléia, requerimento pedindo para que a votação fosse nominal, no entanto, sua posição foi prejudicada porque a Mesa Diretora entendeu que deveria ser secreta. 
Ao se posicionar contra a emenda constitucional que favorecerá o governador Zeca do PT a partir de janeiro do ano que vem, Zé Teixeira fez questão de expor seu voto aos fotógrafos, ao deixar a cabine de votação. 
Durante encaminhamento da matéria, em questão de ordem, o deputado ainda tentou convencer o presidente da Mesa Diretora, Londres Machado (PR), de que a PEC não poderia ser submetida à votação secreta. 
"Não serão objeto de deliberação por meio de escrutíneo secreto proporcional sobre tributo em geral, concessão de favores, privilégios ou inserções fiscais", diz trecho de artigo constitucional lido por Zé Teixeira durante uma de suas intervenções. 
Para ele, no momento em que o Estado atravessa, com uma dívida sem precedentes desde a sua história, sobretudo a crise econômica do País de um modo geral, a Assembléia Legislativa jamais poderia avaliar uma matéria como estas que, na sua avaliação, deverá comprometer gerações futuras. 
Os deputados aprovaram a emenda constitucional por 16 votos a favor, sete contra e um em branco. Com a decisão, o governador Zeca do PT, que está a 11 dias de deixar o cargo, terá direito, a partir de janeiro, a receber R$ 22,1 mil mensais, pelo resto da vida, a título de compensação por ter dirigido o Estado.


A aposentadoria vitalícia a ex-mandatários do Estado foi extinta na década de <METRICCONVERTER w:st="on" productid="90, a" />90, a</METRICCONVERTER /> pedido do então deputado estadual Zeca do PT que, nos últimos dias, mudou de idéia e passou a trabalhar, nos bastidores, para ter direito ao benefício.

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