Zé Teixeira defende paz no campo e respeito às leis

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27/11/2007 - 13:56 Por: Willams Araújo    Foto: ALMS

A violência praticada em decorrência das invasões de terra em Mato Grosso do Sul, foi contestada pelo deputado estadual Zé Teixeira (DEM), na sessão desta terça-feira da Assembléia Legislativa.

Durante discurso na tribuna da Casa, o deputado pediu paz no campo e respeito às leis, destacando que o produtor rural tem sido vítima, nos últimos dias, desse tipo de agressão a sua propriedade e, sobretudo, injustiçado pelo fato de as autoridades não encontrar uma saída jurídica para o impasse.

Ele disse que, apesar de ser representante da classe ruralista não concorda com a criminalidade, nem por parte dos produtores e nem por parte dos índios ou trabalhadores rurais sem-terra.

O que mais intriga o deputado é o fato de o governo federal anunciar a desapropriação de terras de trabalhadores que compraram suas áreas para o cultivo e sobrevivência e hoje se vêem ameaçados de serem “despejados” para dar lugar a índios que se dizem seus verdadeiros donos.

O deputado observou que nunca foi contra a demarcação de terra, tampouco a ajudar a classe indígena, desde que a União, ao reconhecer que determinada área pertence aos índios, indenize o produtor, que a adquiriu e tem escritura de sua propriedade para comprovar.

“O índio não é proprietário de terra, o índio é usufrutuário, o índio não tem obrigação econômica de trabalhar para a Nação, nem para aposentar, ele dependente do governo federal, todo auxílio que o índio recebe, bolsa-família, bolsa-alimentar, é sustentada pelo setor produtivo de um País que nem política tem nesse setor”, desabafou Zé Teixeira, diante de grupo de representantes indígenas que assistiam a sessão.

O deputado disse que o produtor rural tem de conviver com sol, chuva, sem política agrícola e ainda por cima pagar imposto próximo de 40%, por isso não acha justo que a classe seja penalizada desta forma por falta de uma política agrícola e por falta, principalmente, do cumprimento a Constituição Federal.

Para o deputado, o índio precisa ser bem tratado, melhor atendido, carece de estrutura, de maquinário para poder plantar e colher, no entanto o que não pode é o governo federal sacrificar àqueles que adquiriram e pagaram suas terras e agora se vêem nesse tipo de situação.
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