Zé Teixeira acha complicada saída para a saúde do país

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Zé Teixeira
02/04/2008 - 15:57 Por: Willams Araújo    Foto: Chico Ribeiro

O deputado estadual Zé Teixeira (DEM) considera complicada uma saída para o setor de saúde pública não só de Mato Grosso do Sul, mas de todo o país, embora reconheça que é preciso buscar mecanismos para que a população seja bem atendida.

"Entendo que não é apenas em Campo Grande e em Dourados, o problema é em todo o país, o sistema é que está falido", sentenciou Zé Teixeira, durante aparte ao discurso do vice-líder da bancada do PT na Assembléia Legislativa, Pedro Kemp, que ocupou a tribuna na sessão desta quarta-feira para criticar a situação do atendimento médico-hospitalar na Capital, principalmente da Santa Casa.

Zé Teixeira lamenta o poder público não encontrar uma solução para o problema, ao mesmo tempo em que, segundo ele, a população paga por isso.

O democrata apontou principalmente a questão do SUS (Sistema Único de Saúde) que, segundo ele, deixa a desejar.

"Pelo recurso criado pelo Sistema Único de Saúde, o cidadão tem o direito constitucional, agora o que está acontecendo no Brasil, muitas e muitas pessoas que podem pagar particular, depois dão o jeitinho brasileiro para poder transferir para o SUS. Então, nós precisamos é de criar um mecanismo onde separe o joio do trigo, nós não podemos gastar R$ 7 milhões aqui no HU em Campo Grande, onde R$ 3 milhões são gastos em folha, é energia elétrica, é água, e debita para a saúde", protestou, para explicar a situação no setor de um modo em geral.

O deputado sugere que, na prática, tem que separar o que é saúde e o que é o administrativo. “O que é que tem de mudar no Brasil, é o sistema", acrescentou.

Zé Teixeira voltou a lembrar que o presidente Lula não aplicava, como deveria, o dinheiro da arrecadação da CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira) na saúde.

Segundo ele, os recursos serviam para aplicar na previdência e tapar buraco em outros setores, menos para investir no setor de saúde pública do país. "Se fosse um dinheiro carimbado", colocou, lembrando que ontem, durante discurso na tribuna da Assembléia, sugeriu que o imposto sobre grandes fortunas que o PT tenta aprovar no Congresso, poderia atender a saúde.

"Eu sou contra cobrar mais imposto, porque quem tem dinheiro já paga imposto de renda, 40% de imposto, para que pagar mais?, isso é querer tirar o incentivo de quem quer trabalhar, sou contra, mas já que poder ser aprovado, que carimbe exclusivamente para a saúde", acrescentou.
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