Assembléia Legislativa vai analisar laudo do caso Artuzi

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Deputado Zé Teixeira
10/07/2008 - 12:14 Por: Willams Araújo    Foto: Chico Ribeiro

A Assembléia Legislativa de Mato Grosso do Sul vai analisar o laudo pericial sobre o suposto atentado contra o deputado estadual licenciado Ari Artuzi, candidato do PDT à prefeitura de Dourados.

O pedido de uma cópia do laudo foi feito durante questão de ordem pelo deputado Zé Teixeira (DEM), na sessão desta quinta-feira, por considerar que cabe a Comissão de Ética e Decoro Parlamentar examinar os fatos, uma vez que o delegado que cuida do caso descartou a possibilidade de atentado.

Na quarta-feira, o delegado Sandro Márcio Pereira, em entrevista coletiva à imprensa, disse que o laudo da perícia técnica descarta a possibilidade de atentado contra Artuzi.

Diante da questão de ordem, o presidente da Assembléia, Jerson Domingos (PMDB), classificou o episódio de extrema gravidade e sugeriu a Zé Teixeira que enviasse a Mesa Diretora um ofício sobre seu pedido.

Ao formular o pedido, Zé Teixeira se reportou a campanha eleitoral de 2006, durante a qual a residência de Artuzi foi alvejada por disparos e seu colega, em entrevista a um jornal de Dourados, havia mencionado seu nome como suposto responsável pelo episódio.

O caso

Na coletiva de quarta-feira, o delegado afirmou, com base no laudo assinado pelos peritos criminais Valmor Garcia e José Geraldo Pinheiro, que o veículo no qual encontravam-se, no dia 26 de maio, Artuzi e o ex-vereador Jorge Dauzacker, seu assessor, estava parado quando foi alvejado e assim permaneceu durante o suposto atentado.

Artuzi estava na companhia do ex-vereador Jorge Dauzacker, que dirigia o carro, um VW Gol, placas HFY-2215, de Campo Grande, quando teria ocorrido o suposto atentado. Um disparo atingiu a coluna direita do veículo e quebrou o pára-brisa traseiro, enquanto o outro acertou a lateral esquerda, onde estava o motorista. Ninguém foi ferido, nem pelos disparos, nem pelos estilhaços dos vidros.


Outra constatação é de que alguns fragmentos de vidros foram produzidos com a abertura da porta, que aconteceu no local do suposto crime. Na versão apresentada pelo deputado ao delegado, o carro estaria em movimento, e ao ser atingido, saiu em alta velocidade, diferente do que diz o laudo.

Outro fator que impossibilita o atentado é a distância do atirador e o carro. A Perícia apontou que um dos tiros foi realizado numa distância de 1 metro e o segundo a 1,45 metros. A Polícia ainda não identificou a pessoa que realizou os disparos, mas reiterou que "houve apenas a intenção de atingir o carro e não o então parlamentar e o ex-vereador", conta.

Segundo o delegado o inquérito policial foi encaminhado para o Poder Judiciário e ficará à disposição do Ministério Público, que poderá pedir novas diligências para a polícia ou apurar se houve falsa comunicação de crime.

A reunião contou ainda com apresença dos delegados João Alves de Queirós, Daniela Kades de Oliveira, Fernanda Félix Carvalho e Andréia Alves Pereira.
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