Zé Teixeira acusa Iagro de abusar do produtor rural

A Iagro (Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal) voltou a ser alvo de críticas na Assembléia Legislativa. O órgão está sendo acusado de penalizar o produtor rural com infrações, quando muito bem poderia, primeiro, orientar a classe por meio de campanhas educativas.

Desta vez, o órgão multou um produtor que comprou vacinas no Estado de Goiás, onde também possui propriedades, para imunizar 3.810 cabeças de gado em suas fazendas localizadas nas cidades de Caarapó, Iguatemi e Itaquiraí.

A queixa foi feita na sessão desta terça-feira pelo deputado estadual Zé Teixeira (DEM), que representa a classe ruralista na Assembléia Legislativa.

“É lamentável usar mais uma vez a tribuna desta Casa para falar da injustiça cometida pela Iagro, que tem penalizado o produtor rural. Temos recebido várias denúncias, entendo que temos de cumprir as leis, mas há uma falta diálogo, a Iagro deveria ser um órgão instrutivo e não punitivo”, criticou o parlamentar.

Zé Teixeira refere-se ao fato de o órgão ter multado no mês de novembro deste ano o produtor Caio Perdigão Coimbra somente porque ele não apresentou as vacinas adquiridas no Estado visinho, mesmo tendo comprovado por meio de notas fiscais.

“Ele, simplesmente, transportou a vacina muito bem acondicionada, foi registrar no Iagro, que não aceitou. A não ser que o produtor aceitasse um auto de infração. Acho isso uma falta de respeito, um abuso de autoridade”, protestou Zé Teixeira, lamentando ainda o fato de os técnicos do órgão terem justificado que a medida constava de uma Instrução Normativa do Ministério da Agricultura, quando, na verdade, tratava-se de uma lei estadual. “Ele comprou a vacina no Brasil, por que tem que apresentá-la a Iagro”, acrescentou.

As notas fiscais foram emitidas pela empresa Agro Mateira, produtos veterinários em geral, em 19 de novembro em nome de Caio Perdigão Coimbra e Condomínio nos valores de R$ R$ 1.284,00 na compra de vacina para a fazenda Espadilha (Itaquiraí); R$ 2.788,00 para a fazenda Vista Alegre (Iguatemi), e R$ 408,00 para a fazenda Água Preta (Caarapó), totalizando 3.870 doses de vacinas de combate a febre aftosa.