Zé Teixeira defende medidas para impedir o desemprego

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Zé Teixeira
04/03/2009 - 15:05 Por: Willams Araújo    Foto: Chico Ribeiro

A onda de demissões decorrente da crise preocupa o deputado estadual Zé Teixeira (DEM), que lamentou nesta quarta-feira o fato de algumas empresas de Mato Grosso do Sul estarem enfrentando dificuldades e sendo obrigadas, inclusive, a fechar suas portas.

Zé Teixeira se referiu a rede de frigoríficos Independência, que anunciou recentemente o fechamento de uma unidade de abates em Campo Grande e confirmou 400 demissões e o remanejamento de outros cem funcionários para abatedouros localizados em Nova Andradina e Anastácio.

Em nota à imprensa, o Independência informou que a medida estava sendo tomada em razão da elevada "ociosidade industrial" da unidade --por falta de animais, menos de 60% da capacidade de abate (mil animais por dia) vinha sendo utilizada.

"O rebanho bovino do Estado de Mato Grosso do Sul diminuiu cerca de 10%, ao mesmo tempo em que a capacidade da indústria frigorífica aumentou de 30 a 40%", dizia a nota, que afirmava que as outras duas unidades restantes no Estado continuariam "operando normalmente".

Até dezembro de 2008, a empresa tinha capacidade de abater 12 mil cabeças de gado diárias --com produção de 10.000 peles.

“Conquistar o primeiro emprego é uma vitória, agora perder o emprego é uma decepção enorme, desagrega a família”, lamentou Zé Teixeira, durante aparte ao deputado Paulo Corrêa (PR), que discursava sobre a crise no setor.

Apesar disso, o democrata disse que enquanto o frigorífico Independência passa por essa situação, há empresas contratando funcionários, em vez de demiti-los. O Friboi anunciou ontem (terça-feira) a contratação de 5 mil”, atestou o parlamentar. O problema não é só o boi, a soja, é o agronegócio”, emendou.

O democrata criticou ainda a burocracia na liberação de dinheiro emprestado por empresas junto ao BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Social). “Os bancos não estão acreditando mais em ninguém, e isso é ruim, pode acontecer um colapso”, acrescentou o parlamentar, prevendo novos fatores negativos para o setor.
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