André recebe documento sobre caos na segurança em Dourados

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Zé Teixeira
25/03/2009 - 16:16 Por: Assessoria de imprensa    Foto: Chico Ribeiro

O governador André Puccinelli (PMDB) recebeu, terça-feira, do deputado estadual Zé Teixeira (DEM), um profundo levantamento da segurança pública de Dourados, por meio do qual aponta as deficiências e pede providências imediatas para o setor.

O deputado foi à Governadoria motivado por um relato, denominado “segurança insegura em Dourados”, feito pelo repórter policial Waldemar Álvaro Gonçalves, o Russo, que há quase 20 anos atua na área.

Ele pede que Zé Teixeira, que é o único representante de Dourados na Assembléia, leve o problema aos demais parlamentares para que, consequentemente, tentem sensibilizar o Poder Executivo sobre a difícil situação que passa a população do município, ameaçada pela onda de violência a cada dia que passa.

Ao ler o conteúdo do texto, segundo Zé Teixeira, o governador, além de encaminhar imediatamente ao secretário de Justiça e Segurança Pública, Wantuir Jacini, garantiu esforço no sentido de melhorar a situação, lembrando que seu governo tem investido no setor não apenas em Dourados, mas em todos os municípios do Estado.

Na segunda-feira, foram entregues 53 viaturas para 41 municípios, sendo quatro carros para Dourados; três para Três Lagoas; e duas novas viaturas para cada um dos municípios de Corumbá, Fátima do Sul, Coxim, Naviraí, Nova Andradina, Paranaíba e Ponta Porã. Os demais municípios contemplados receberam uma viatura apenas.

Cópia do documento foi entregue também ao Superintendente Regional de Polícia Federal, José Rita Martins Lara, e ao Diretor-geral da Polícia Civil, Jorge Razanauskas Neto.

A sugestão é que o governo tome providências para que “o índice de criminalidade, principalmente no combate ao tráfico e uso de entorpecentes, assaltos a luz do dia, tentativas de homicídios, entre outros delitos, tanto na periferia como na área central, seja pelo menos colocado sobre controle para que a população tenha um pouco de paz”.

Em seu relato, o repórter observa que nos quase 20 anos fazendo cobertura policial o sistema de segurança pública em Dourados teve retrocesso. Ele destaca que de 1988 até hoje, o setor sofreu uma defasagem no aparelho policial, tanto militar como civil, incluindo a perícia técnica e o IML (Instituto Médico Legal), “este último sendo assistido há mais de 10 anos por uma empresa funerária, em razão de a cidade não possuir um prédio com estrutura para que os médicos legistas possam realizar seus trabalhos”.

O texto relata ainda que “os médicos legistas são obrigados a utilizar o necrotério da empresa funerária Bom Jesus para poder realizar um trabalho de necropsia e o prédio do IML, construído e equipado pelo então prefeito Humberto Teixeira, está jogado as moscas”.

Lembra também que de 1988 até meados de 1992, Dourados mantinha em franca atividade quatro delegacias de Polícia Civil, distribuídas nos bairros Jardim Água Boa, Maracanã, Vila Matos, e a central, hoje localizada na rua Cuiabá, além das especializadas, como delegacia do Menor e da Mulher.

Outro fator posítivo no passado citado no relato era a existência do GOF (Grupo de Operações de Fronteira) e o apoio da Polícia Federal, sob o comando do delegado Delci Teixeira.

Lamenta que nos dias atuais restam apenas a delegacia da Rua Cuiabá, que faz plantão integral, e o 2º Distrito, que fica anexo ao Batalhão da Polícia Militar, na Vila Industrial, porém com expediente de segunda a sexta-feira.
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