Dados da violência contra o idoso preocupam a Frente Parlamentar

Imagem: A reunião foi realizada no Plenarinho Deputado Nelito Câmara
A reunião foi realizada no Plenarinho Deputado Nelito Câmara
31/08/2017 - 18:05 Por: Juliana Turatti    Foto: Wagner Guimarães

Na reunião da Frente Parlamentar em Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa, realizada nesta quinta-feira (31/8), a gerente técnica do Núcleo de Prevenção de Violências e Acidentes da Secretaria Municipal de Saúde Pública (Sesau), Maria Sueli Mendes Nogueira, apresentou dados preocupantes.

De acordo com a gerente, em 2016 o sistema de saúde de Campo Grande atendeu 398 idosos que sofreram algum tipo de violência. A principal causa é a negligência e a segunda maior é a violência física. O local que mais ocorre a violência é nas residências dos idosos.

“A violência contra o idoso é um problema de grande relevância para a saúde pública, uma vez que adoece, machuca, causa debilidades, problemas emocionais e afeta a saúde integral do idoso. Qualquer pessoa que observar uma  violência contra o idoso deve comunicar para a polícia, para averiguar a situação, porque a violência contra o idoso é crime”, alertou Maria Sueli.

O coordenador da Frente, deputado Renato Câmara (PMDB), falou da importância dos dados. “É necessário termos estas informações da violência contra à pessoa idosa de outros órgãos, além da saúde, porque os números vão nos ajudar ainda mais para agirmos de forma eficiente. Também estamos cobrando mais uma vez a criação da delegacia especializada em defesa do direto das pessoas idosas”, falou o parlamentar.

Também foi pauta da reunião a Semana Estadual do Idoso em Mato Grosso do Sul, que será no dia 27/9 no Vale de Ivinhema e 30/9 em Campo Grande.  Foi indicada a criação de uma coordenadoria dos direitos da pessoa idosa, nos moldes do que existe na Política Nacional do Idoso e a solicitação de informações à Secretaria de Estado de Direitos Humanos, Assistência Social e Trabalho (SEDHAST) e à Secretaria de Estado de Saúde (SES), informações das políticas públicas, projetos e ações em andamento no Estado que atendam às pessoas com Alzheimer.

“Nós precisamos do levantamento dos dados estatísticos aqui de Mato Grosso do Sul. Temos que saber quantas pessoas estão com Alzheimer no Estado, porque só assim poderemos fazer uma política pública realmente eficaz”, reforçou o presidente da Associação Brasileira de Alzheimer (Abraz), Marco Polo Siebra.

Conforme os dados da Associação, o Alzheimer acomete mais de 1,6 milhão  de brasileiros. Estima-se que cerca de 50 milhões de pessoas vivem com Alzheimer no mundo. Este número deve aumentar para 131 milhões em 2050 se estratégias efetivas de redução de risco não forem implementadas. 

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