Sindicato dos Eletricitários critica privatizações e recebe apoio de deputados

Imagem: Vargas ressaltou as bandeiras de luta dos trabalhores
Vargas ressaltou as bandeiras de luta dos trabalhores
03/10/2017 - 10:35 Por: Fabiana Silvestre   Foto: Victor Chileno

 

O presidente do Sindicato dos Eletricitários de Mato Grosso do Sul (Sinergia/MS), Élvio Vargas, foi à tribuna da Assembleia Legislativa, durante a sessão plenária desta terça-feira (3/10), para criticar a política de privatizações do Governo Federal e defender a valorização das empresas sul-mato-grossenses. A convite do deputado Pedro Kemp (PT), o sindicalista ressaltou as bandeiras de luta dos trabalhadores.

"Hoje é o Dia Nacional de Luta contra as Privatizações e vários estados estão se mobilizando. Somos contra, não somente pela empregabilidade, mas pelo fortalecimento das nossas empresas", disse Vargas, que representa 150 trabalhadores da MSGás e Eletrosul. Ele lembrou que a MSGás é autossuficiente e lucrativa para o Estado e leu o manifesto dos funcionários.

"A empresa é um importante patrimônio da sociedade sul-mato-grossense e recurso para o desenvolvimento, especialmente à medida que o gás natural se apresenta como alternativa energética mais sustentável e econômica, atrai grandes empresas que contribuem para a expansão industrial de Mato Grosso do Sul, gera empregos, incrementa a economia e a arrecadação de impostos", disse. Ele citou ainda, como motivos para a não privatização da empresa, o aumento do lucro líquido de 154% ao longo de 2016, se comparado com 2014, e o papel estratégico para o desenvolvimento do Estado.

Segundo Kemp, o Governo do Estado se comprometeu a criar uma comissão, com a participação dos trabalhadores, para avaliar detalhadamente a possiblidade de privatização. "Conversamos com o secretário Governo e Gestão Estratégica, Eduardo Riedel, e estamos aguardando a formalização desse grupo. Vivemos uma 'onda' de privatizações pelo país e temos que defender o que é patrimônio de Mato Grosso do Sul e os interesses da população", afirmou.

 

Grazielle Machado (PR) e Antonieta Amorim (PMDB) enfatizaram que as empresas locais devem ser fortalecidas, considerando que contribuem decisivamente para a economia estadual. João Grandão (PT) parabenizou a visão estratégica dos trabalhadores, que se anteciparam e vieram à Casa de Leis alertar os parlamentares para a possibilidade da privatização. Dr. Paulo Siufi (PMDB) qualificou como "inconcebível" a possibilidade de repassar a empresa à iniciativa privada.

Já o deputado Amarildo Cruz (PT), lembrou que o Executivo Estadual não tem argumentos para defender as privatizações."No caso da MSGás, é um patrimônio público que vamos defender de todas as formas aqui na Assembleia Legislativa, se chegar algum projeto do Governo nesse sentido. Com relação à Eletrosul [vinculada à Eletrobras], podemos buscar a mobilização da bancada federal do Estado", explicou.

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