"Governo está disposto a negociar, mas caminhoneiros precisam recuar", diz Mara Caseiro

Imagem: Deputados estaduais conversam com governador sobre a manifestação dos caminhoneiros
Deputados estaduais conversam com governador sobre a manifestação dos caminhoneiros
29/05/2018 - 17:08 Por: Fernanda França   Foto: Gabriela Rufino


Deputados estaduais reuniram-se nesta terça-feira (29) com o governador do Estado, Reinaldo Azambuja (PSDB), para discutir a paralisação dos caminhoneiros em Mato Grosso do Sul. Eles reivindicam redução da alíquota do ICMS (Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) sobre o diesel.

De acordo com a deputada estadual Mara Caseiro (PSDB), que participou do encontro, Azambuja está disposto a reduzir o imposto sobre o combustível, de 17% para 12%, mas impõe condições. Entre elas, o fim da paralisação, liberação imediata das estradas e reflexo da queda da alíquota nas bombas.

"O governador está muito preocupado com a situação, pois se continuar dessa forma, além dos prejuízos generalizados que todos sabemos, haverá dificuldade de pagamento da folha, reflexos no Fundo de Participação dos Municípios, ou seja, um colapso total. Ele quer negociar, assim como o presidente Michel Temer, que já sinalizou positivamente. Então, acho que é hora dos manifestantes recuarem e buscarem entendimento, pelo bem do nosso Estado e do nosso País", comentou a parlamentar.

Mara esteve recentemente em um ponto de manifestação em Rochedo, onde conversou com alguns caminhoneiros. Ela entende que as reivindicações são legítimas, mas que é hora de trégua, para evitar o caos generalizado.

Azambuja decretou situação de emergência em Mato Grosso do Sul,  durante edição extra do Diário Oficial desta terça-feira. Em nota oficial, o Governo também anunciou que 30 municípios já estão sem combustível, além de as Santas Casas de Campo Grande e Corumbá terem suspendido as cirurgias eletivas.

O decreto prevê que o Comitê de Gerenciamento de Crise deverá adotas medidas preventivas ou reparadoras no âmbito administrativo e judicial para manutenção dos serviços de saúde, segurança, educação, transporte público, tratamento e distribuição de água e controle sanitário.

A preocupação maior é com o desabastecimento de produtos como remédios, alimentos e gás.

A greve dos caminhoneiros pede a redução do preço do diesel e de outros combustíveis, e já chega ao 9º dia nesta terça. A paralisação causou colapso em várias cidades, prejudicando o abastecimento dos tanques dos postos de combustíveis e também o desabastecimento parcial de supermercados, além de ter tido impacto no transporte coletivo, indústria e comércio.

As matérias no espaço destinado à Assessoria dos Parlamentares são de inteira responsabilidade dos gabinetes dos deputados.