Missa do Divino é celebrada na Casa de Leis nesta segunda-feira

Imagem: Mochi falou da importância da festa coxinense, realizada há 24 anos em Campo Grande durante a missa
Mochi falou da importância da festa coxinense, realizada há 24 anos em Campo Grande durante a missa
04/06/2018 - 12:00 Por: Juliana Turatti   Foto: Victor Chileno

A Festa do Divino Espírito Santo é comemorada há 123 anos no município de Coxim, com a saída da bandeira, momento em que a comissão de festeiros com suas esposas e familiares, conduzem os preparativos para a festa. É um momento de manifestação religiosa e cultural mais tradicional da região norte do Estado e conta com um pequeno conjunto de músicos que acompanham o Alferes no ‘Giro da Bandeira’. Eles visitam residências, estabelecimentos comerciais e fazendas, levando as bênçãos do Divino e arrecadando donativos para a festa, que é realizada durante nove dias, na segunda quinzena do mês de julho e nas visitas são cantadas músicas com diferentes mensagens.

“Nós estamos na comemoração ainda do Petencostes, que são os sete dons do Divino Espírito Santo para que as pessoas possam refletir e praticá-los. Para nós, coxinenses, a Festa do Divino Espírito Santo é a maior e mais antiga manifestação religiosa, não só de Mato Grosso do Sul, mas de todo o Centro-Oeste. Lá a Bandeira do Divino sai em maio, após um grande almoço, aí começa a visita a todos os lares de Coxim. No mês de junho ela vem para cá e também visita os lares de Campo Grande, em especial das pessoas que são coxinenses ou moraram lá, ou que têm uma ligação ou devoção ao Divino Espírito Santo. Também é realizada aqui na Assembleia Legislativa, desde que cheguei aqui, a celebração eucarística em louvor ao Espírito Santo”, explicou o presidente da Casa de Leis, deputado Junior Mochi que falou da importância da festa coxinense, realizada há 24 anos em Campo Grande.

A bandeira do Divino Espírito Santo, tradição da Festa que leva o mesmo nome, vem de Coxim para percorrer o saguão, corredores e gabinetes da Casa de Leis há 12 anos, junto aos seus tradicionais foliões. E nesta segunda-feira (4), o padre Valdeci Marcolino, vigário da Paróquia Senhor do Bonfim e diretor-presidente do Cotolengo-MS, celebrou a Santa Missa na Assembleia Legislativa abrindo as comemorações da Festa do Divino Espírito Santo em Campo Grande.

“É muito importante utilizar com sabedoria os dons que o Espírito Santo derrama sobre as pessoas, segundo a crença católica. O dom da ciência, da inteligência, da sabedoria, do conselho, da piedade, da fortaleza, e temor a Deus, segundo a Bíblia Sagrada, é um símbolo da devoção de Pentecostes. Cada um tem os seus e também pode usar da melhor maneira possível e, principalmente, neste momento especial da bandeira do Divino, podemos afirmar que a Igreja é o Cristo vivo presente na comunidade. A bandeira traz a mensagem de crença e confiança num Deus firme, num Deus vivo”, ressaltou o padre.

Já o festeiro-mor da Festa do Divino Espírito Santo, Roberto Barreto de Melo, destacou as características da celebração. “Nestes 123 anos, a festa é organizada a cada ano por uma pessoa, sempre alguém que esteja ligado à igreja. É uma festa social, cultural e religiosa e também existem várias realizadas no Brasil inteiro. É uma demonstração de fé, cultura e muita dedicação, unindo o laico, a igreja e a sociedade, explicou.

E o prefeito de Coxim, Aluízio São José (PSB), reforçou a importância da comemoração. “A manifestação da Festa do Divino é anterior a própria emancipação política e administrativa da cidade de Coxim, já que Coxim tem apenas 120 anos. E faço questão de enaltecer a iniciativa do deputado Junior Mochi por trazer à Campo Grande, ao Parlamento e à governadoria uma das maiores simbologias e maior manifestação cultural da cidade de Coxim”, falou o prefeito.

História - A origem da Festa do Divino vem de Portugal do século 14, com uma celebração estabelecida pela rainha Isabel (1271-1336) por ocasião da construção da igreja do Espírito Santo, na cidade de Alenquer. A devoção difundiu rapidamente e tornou-se uma das mais intensas e populares em Portugal. Por isso, chegou ao Brasil com os primeiros povoadores. Há documentos que atestam a realização da festa do Divino em diversas localidades brasileiras desde os séculos 17 e 18.

 

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