Igrejas se unem em ato ecumênico na defesa dos guarani-kaiowá
Com a presença do presidente nacional do CIMI (Conselho Indigenista Missionário), Dom Roche Paloschi, o ato ecumênio (14/10) em defesa dos guarani kaiowá, vitímas de violência, falta dos territórios tradicionais, em MS, envolveu representantes de diversas religiões. Em uma só voz, todos se uniram em orações e cantos, no plenário da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul.
O deputado estadual Pedro Kemp (PT) fez o acolhimento dos visitantes que vieram de vários estados brasileiros. Ao som de seu violão, cantou músicas em homenagem ao herói Marçal de Souza Tupã Y e também cânticos que falam da fé e da luta do povo sofrido. Defendeu junto com os religiosos e povos indígenas presentes, a instauração de uma CPI para apurar a inércia do Estado diante do quadro de genocídio apresentado em MS com o suicídio de índios, atropelamentos, alcoolismo, confinamento, trabalho escravo, abusos, crimes de pistolagem, brigas entre os indígenas e outras formas de violência cuja causa principal teria como solo fértil: a falta da terra e as quase 4 décadas do não comprimento da Constituição, que em a partir de 1988 deu 5 anos pro governo brasileiro demarcar as áreas tradicionais e devôlve-las aos povos.
Os deputados da bancada do Partido dos Trabalhadores Amarildo Cruz, Cabo Almi e João Grandão participaram do ato ecumênico, que teceu fortes criticas a CPI do CIMI, já em andamento na Casa de Leis – proposta pela bancada ruralista – e já com repercussão negativa dentro e fora do País já que organismos interncionais receberam denúncias de que os produtos de MS estão sendo vendidos a custa de sangue indígena, derramado na luta pela terra.
Após apresentação cultural de reza dos indígenas, representantes religiososo fizeram falas de apoio e criticas sobre a conjuntura política e social enfrentada pelos povos originários. Em seguida, líderes indígenas e mulheres vítimas de violência sofrida em ataques feitos por jagunços, tiveram voz. A emoção tomou conta de todos os participantes.
Confira os nomes dos apoiadores da causa indígena que vieram ao MS para o ato ecumênico:
Olga Oliveira – CESE- Coordenadoria Ecumênica de Serviço;
Luiz Gabas – IEAB – Igreja Anglicana
Dom Flávio Irala – Presidente do CONIC (Conselho Nacional das Igrejas Cristãs)
Dom Enemésio Lazzaris (Presidente Nacional da CPT – Comissão Pastoral da Terra)
Pastora Sônia Gomes Mota – CESE (Coordenadoria Ecumênica de Serviço)
Luana Almeida – CESE
Pastor Joel Zeferino – Presidente da Aliança Brasileira de Igrejas Batistas
Presbítero Elson dos Santos – Pastor Vice-Moderador da IPU Igreja Presbiteriana Unida
Rafael Soares de Oliveira – Secretário Executivo de KOINONIA e Ogam no Candomblé
Reverenda Magda Cristina Pereira – Representante do CLAI – Conselho Latino-americando de Igrejas
Pastora Romi Bencke – Pastora Luterana – Secretária Geral do CONIC (Conselho Nacional de Igrejas Cristãs)
Pastora Cibele Küss – Secretária Executiva da FLD – Fundação Luterana de Diaconia
Francisco Wladimir da Silva – Rede Jubileu Sul
Padre Marcus Barbosa Guimarães – Presidente Nacional da CESE
Maria Cristina dos Anjos – Diretora Executiva da Cáritas Brasileira
Pastor Walter – Representante do COMIN (Conselho de Missão entre Povos Indígenas – Igreja Luterana)
Ariel Gomes Ortiz – Representante da REJU – Rede Ecumênica de Juventudes
Pastora Sietske Andrea Bloc – Kerkinactie/Holanda
Amarildo Rodrigues Monteiro – Conselho Nacional do CEBI (Centro de Estudos Biblícos)
Katia Visentainer – Empório de Ideias