Kemp cobra da Prefeitura atendimento em escola a menino com problemas de saúde
Gustavo precisa de apoio senão pode vir a se tornar renal crônico; ele é portador de sequela de má formação de coluna vertebral, mielomeningocele (MMC), e que apresenta sequelas: parte motora, músculo-esquelética e bexiga neurogênica.
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O deputado estadual Pedro Kemp usou a tribuna, na sessão de hoje (19), e pediu cobrar providências urgentes da Prefeitura de Campo Grande para garantir o cumprimento da lei que garante proteção e atendimento à saúde para crianças. O menino Gustavo Pinheiro, 4 anos, morador do Jardim Ouro Verde, estudante da Escola Municipal Eduardo Olimpo Machado, situada ao lado do Centro de Saúde do Coophavila II, necessita de três em três horas da troca de uma sonda ligada à bexiga para que possa expelir a secreção urinária. O posto de saúde teria informado que não poderia designar um técnico em enfermagem para auxiliar a criança durante as aulas, no período matutino, segundo depoimento da mãe, a servidora pública Ivanilde Pinheiro, 42.
Ocorre que a mãe há dois anos faz tratamento e luta contra o câncer e a cada 21 dias precisa ser submetida à quimioterapia. “Eu tenho que sair do serviço e ir lá pra trocar a sonda do meu filho. Preciso de ajuda porque senão ele pode piorar e ter que fazer hemodiálise”.
O parlamentar através de uma indicação cobra do prefeito Gilmar Olarte e do secretário de Saúde, Jamal Salem o atendimento especial de um técnico em enfermagem para atender Gustavo.
Desde o ano passado, a mãe do menino, tenta ajuda da prefeitura. A criança, que antes ficava no Ceinf (Centro de Educação Infantil) Menino Jesus da Praga, no bairro Coophavila II, precisa desse apoio para estudar.
“O posto de saúde fica a menos de cinco minutos a pé da escola. Estou desesperada, sou mãe solteira, preciso trabalhar e a vida do meu filho depende da troca dessa sonda no tempo certo para evitar infecção”. O pai do menino, ajuda a mãe com R$ 200,00 mensais mas não acompanha a via crúcis dela todos os dias para garantir o atendimento ao filho, relata.
O menino é portador de sequela de má formação de coluna vertebral, mielomeningocele (MMC), e que apresenta sequelas: parte motora, músculo-esquelética e bexiga neurogênica. “Quando eu estava grávida, 6 semanas, já sabia da má formação porque o ácido fólico que eu tomei não foi suficiente. Muitos vieram me pedir para impedir a gestação, mas eu nunca quis. Ele nasceu com hidrocefalia e hoje tem um tubo que passa na cabeça e vai até a barriga para drenar a água. Meu filho tem que usar essa prótese nos tornozelos porque ele não tem sensibilidade nessa região e pode se machucar. É meu companheirão. Quando eu estou doente, por causa da quimioterapia, ele cuida de mim, me oferece água toda hora”.
Durante o pronunciamento do deputado Pedro Kemp, a mãe se emocionou e Gustavo, que brincava n no plenário, perguntou o porquê dela estar chorando. Tirou foto com o parlamentar e conversou com os funcionários da Assembleia no Plenario e na saída, na recepção, sempre segurando as mãos da mãe.
Ivanilde tem outras duas filhas de 20 e 11 anos.
A omissão da prefeitura da Capital fere o artigo 214 da Constituição Federal. “No tocante ao direito de acesso à educação, o artigo 214 da Constituição afirma que as ações do Poder Público devem conduzir à universalização do atendimento escolar. No caso aqui relatado, a troca regular da sonda vem interferindo na permanência escolar da criança. Ela tem direito à assistência”, disse Kemp. O parlamentar informou que se a Prefeitura não resolver o problema, irá acionar o MPE (Ministério Público Estadual).
Jacqueline Lopes – assessoria de imprensa Mandato Pedro Kemp – 9134 5494