Mandato Pedro Kemp apoia Projeto de Iniciativa Popular de Reforma

27/02/2015 - 12:16 Por: Jacqueline Lopes - Assessoria Pedro Kemp  

Junto com 103 entidades entre elas CNBB (Conferência Naciona dos Bispos do Brasil) e OAB (Ordem dos Advogados), o Mandato Popular do Deputado Estadual Pedro Kemp também está na Coalizão pela Reforma Política Democrática e Eleições Limpas por entender que o Brasil precisa urgente de uma medida para pôr ao financiamento feito por empreeiteiras e empresas a candidatos com intuito de ter vantagens a custo do dinheiro do povo tão logo o “afilhado político” seja eleito.

“Quando se trata de colocar o dedo na ferida, surgem interesses escusos que não querem fechar a torneira da corrupção no País. Quando o parlamento não quer ouvir o povo, o povo tem sim que se manifestar! Temos até outubro para coletarmos essas assinaturas e fazermos como foi o projeto Ficha Limpa!”.

O deputado citou o fato do STF (Supremo Tribunal Federal) já ter o aval da maioria dos ministros para proibição do patrocínio privado a candidatos nas eleições. Porém, o ministro Gilmar Mendes, segundo Kemp, “sentou em cima do processo”, e há um ano não apresenta seu parecer, ou seja, enquanto isso há o risco de que o Congresso aprove uma reforma que não estanque o problema e dessa forma, legalize a raiz da corrupção.

Kemp criticou duramente a proposta de reforma, a qual chama de contra-reforma, de avacalhação e esculhambação, que tramita no Congresso Nacional, e que não prevê o fim do financiamento privado das campanhas eleitorais. Projeto esse defendido pelo presidente, deputado federal Eduardo Cunha (PMDB), cujo relator é o Cândido Vaccarezza (PT).

“Temos que barrar essa proposta que tramita e fazer com que o Congresso faça a verdaddeira reforma e as regras comecem a valer já nas próximas eleições. Coloco meu mandato a disposição de todos que queiram entrar nessa batalha”.

VEJA AQUI OS PRINCIPAIS PONTOS DO PROJETO DE INICIATIVA POPULAR DE REFORMA POLÍTICA DEMOCRÁTICA E ELEIÇÕES LIMPAS – POR UM SISTEMA POLÍTICO IDENTIFICADO COM AS REIVINDICAÇÕES DO POVO

O que é a Reforma Política?

É urgente a coleta de mais de 1,5 milhão de assinaturas para que seja apresentado ao Congresso Nacional um Projeto de Lei de Iniciativa Popular. Precisamos unir esforços e apoiar de forma corajosa a CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) e mais de cem entidades que se uniram em defesa do projeto da reforma política democrática.

A proposta é baseada em quatro principais pontos, o primeiro deles é o que consideramos essencial para por fim a corrupção na políticaProibição do financiamento de campanha por empresas.

Todos sabem que ninguém coloca dinheiro em campanha de político sem depois, querer nada em troca.

Dessa forma, qualquer cidadão brasileiro poderá disputar em pé de igualdade uma eleição já que o financiamento das campanhas será público, ou seja, mesmos recursos para os candidatos.

Os outros três pontos são: eleições proporcionais em dois turnos; paridade de sexo na lista pré-ordenada e fortalecimento dos mecanismos da democracia direta com a participação da sociedade em decisões nacionais importantes como plebiscito e consultas populares.

Precisamos ser maduros o suficiente para entender que o Brasil precisa de uma ampla e profunda mudança. E isso só será possível se, juntos, conseguirmos uma real mudança no sistema político.

E para isso só precisamos nos unir em torno deste grande abaixo-assinado para frearmos o projeto que tramita no Congresso Nacional, o qual chamamos de contra-reforma pelo fato de manter do jeito que está a autorização a empreiteiras, usinas, enfim para que continuem a despejar dinheiro para candidatos. Essa proposta assegura a governabilidade das elites políticas e econômicas.

Estamos juntos nessa luta e contamos com a sua participação.

Mandato popular do deputado estadual Pedro Kemp (PT)

2 – Proibição do financiamento de campanha por empresas

O problema estrutural mais grave que afeta o processo democrático brasileiro é o financiamento de campanha eleitoral por empresas, uma das principais causas da corrupção no Brasil. Isto porque o poder político daí originado não representa os interesses da maioria da população brasileira.

É simples, quando o candidato é financiado por grupos econômicos, não vai defender o interesse do povo e sim, de quem os patrocinou. Diante das denúncias de fraudes em licitações, são comuns os casos de empresas financiadoras de campanha, vencerem licitações públicas. O resultado, o dinheiro pago pelo povo, dos impostos, vai direto para os bolsos desse grupos que não querem que o Projeto de Lei de Iniciativa Popular acabe com essa farra e barre o patrocínio privado a candidatos.

O dinheiro de empresas em campanhas eleitorais representa mais de 95% do total arrecadado. Isso precisa acabar!

Veja o tamanho do problema:

594 parlamentares no Congresso Nacional

273 são empresários

160 fazem parte da bancada ruralista

E apenas 91 são considerados representantes dos trabalhadores, que são a maioria do povo brasileiro!!

Para piorar, o empresário declara legalmente uma pequena parte do financiamento de campanha, mas a maior parte é repassada através do “Caixa 2”; doação ilegal; não registrada na Justiça Eleitoral. Calcula-se que o dinheiro ilegal represente 80% do financiamento das campanhas eleitorais.

Por que o financiamento público, democrático de campanha?

Ao invés de manter o jogo político do jeito que está, beneficiando apenas os interesses privados, bancados por dinheiro do povo, precisamos dar uma resposta a isso e defendemos o financiamento democrático de campanha.

Dessa forma o País dará condições de uma disputa igualitária e democrática. Um operário poderá concorrer de forma igualitária com um empresário, por exemplo. Uma dona de casa poderá disputar com as mesmas condições financeiras de uma ruralista.

Os candidatos receberão recursos do Fundo Democrático de Campanha e de financiamento de pessoas físicas, que será no máximo de R$ 700,00 corrigidos a cada eleição. Este Fundo será de multas administrativas, do Orçamento Geral da União e de penalidades eleitorais.

É importante frisarmos que esse ponto é crucial já que a realidade mostra o retorno dos recursos aos empresários através do superfaturamento de obras e de favores concedidos pelos eleitos aos patrocinadores de sua campanha, segundo pesquisa de Ciência Política do Instituto Universitário de Pesquisas do Rio de Janeiro (Iuperj).

3 – Eleições Proporcionais em dois turnos – Eleições Limpas;

Uma das partes mais importantes da reforma política por iniciativa popular, o chamado voto transparente garante estabelece um sistema de dois turnos para eleições proporcionais; no primeiro turno o eleitor vota no partido, e no segundo nos candidatos.

Para se explicar de forma simples e objetiva, deveria ser dito hoje ao eleitor que seu voto em um candidato a vereador ou a deputado significa que ele escolheu um partido ou coligação, e que gostaria que o eleito fosse aquele da sua escolha, mas que não deve se incomodar se voto beneficiar outro candidato qualquer. Trata-se de um modelo complexo e duvidoso, falta o devido respeito ao princípio da transparência. Hoje voto é uma lança atirada na escuridão, em que o eleitor não pode saber em qual alvo acertará.

Essas observações nos levaram a desenvolver a ideia do sistema eleitoral proporcional em dois turnos. Não se trata de uma ideia exótica ou sem alicerce na experiência histórica. Apenas separamos em duas etapas um processo que hoje ocorre de forma simultânea.

Por esse modelo, o eleitor comparecerá à urna em primeiro turno para votar em uma sigla representativa de partido. Assim, ele ajuda a definir quantas cadeiras o partido alcançará.

No segundo turno, o partido apresenta candidatos em número proporcional ao de assentos conquistados na primeira volta apresentando muitas vantagens sobre o modelo atual.


  • O eleitor é levado a uma campanha fracionada em dois momentos. Ao votar no seu candidato na segunda etapa, o eleitor estará a salvo de que seu voto beneficie outro. Além disso, o modelo permite a redução do número de candidatos, algo necessário para a diminuição dos custos de campanha e para que os eleitores possam conhecê-los melhor.

  • O voto proporcional em dois turnos – também chamado de “voto transparente” – tem o mérito da lista fechada de elevar o nível do debate político e o do sistema distrital de assegurar a eleição dos mais votados. Garante ao eleitor a palavra final sobre os eleitos, ao passo em que assegura participação parlamentar às diversas correntes de pensamento.

  • Por esses méritos, essa proposta de aperfeiçoamento do sistema vigente conta hoje com o apoio de 104 organizações nacionais da maior envergadura, (CNBB e OAB) o Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral e a Plataforma dos Movimentos Sociais pela Reforma do Sistema Político. Juntas, elas integram a Coalizão pela Reforma Política Democrática e Eleições Limpas, e vamos juntos coletar as assinaturas para uma iniciativa popular que – nos moldes da Lei da Ficha Limpa – que pautará o debate sobre o tema no Congresso Nacional neste ano de 2015 para que a partir das próximas eleições o Brasil possa avançar.



 

4 – Paridade de sexo na lista pré-ordenada de candidatos (as)

Esse é outro ponto muito importante e fundamental para que realmente os direitos das mulheres, maioria no País, sejam definitivamente colocados como prioridades e contribua fortemente para a mudança do quadro discriminatório atual. A medida visa a destinação de 50% das vagas de candidatos para mulheres!

Segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) as mulheres representam 51,3% do eleitorado.

Sub-representação feminina prejudica ações em defesa das mulheres, veja:

Dos 513 deputados federais, apenas 46 são mulheres (8,96%)

Dos 81 senadores, apenas 8 são mulheres (9,81%)

Em 1982 eram apenas 8 deputadas federais, em 2010 foram eleitas 45

Em 1982 o Brasil sequer tinha uma senadora, hoje o País tem 7

Entidades que compõe a Rede da Coalizão:

 


  1. NBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil)

  2. OAB (Ordem dos Advogados do Brasil)

  3. MCCE (Movimento de Combate a Corrupção Eleitoral)

  4. Plataforma dos movimentos sociais pela reforma do sistema político

  5. Conic (Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil)

  6. Contag (Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura)

  7. CTB/DF (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil)

  8. CUT (Central Única dos Trabalhadores)

  9. Fenaj (Federação Nacional dos Jornalistas)

  10. Frente Parlamentar pela Reforma Política com Participação Popular

  11. MST (Movimentos dos Trabalhadores sem Terra)

  12. UBES (União Brasileira dos estudantes secundaristas)

  13. UNE (União Nacional dos Estudantes)

  14. Via Campesina

  15. CNLB (Conselho Nacional do Laicato do Brasil)

  16. Movimento Nacional Contra Corrupção e pela Democracia

  17. Unasus (União Nacional dos Auditores do Sistema Único de Saúde)

  18. IDES (Instituto de Desenvolvimento Sustentável)

  19. Criscor (Cristãos Contra Corrupção)

  20. Abramppe (Associação Brasileira dos Magistrados Procuradores e Promotores Eleitorais)

  21. Confea (Conselho Federal de Engenharia e Agronomia)

  22. IUMA (Instituto Universal de Marketing em Agribusiness)

  23. ANEC (Associação Nacional de Educação Católica do Brasil)

  24. Aliança Cristã Evangélica Brasileira

  25. CJP/DF (Comissão de Justiça e Paz da Arquidiocese de Brasília)

  26. POM (Pontifícias Obras Missionárias)

  27. Visão Mundial

  28. Escola de Fé e Política de Campina Grande/PB

  29. CFF (Conselho Federal de Farmácia)

  30. CFESS (Conselho Federal de Serviço Social)

  31. Cáritas Brasileira

  32. MPA Brasil (Movimento dos Pequenos Agricultores)

  33. SINPRO/DF (Sindicato dos Professores no Distrito Federal)

  34. Asbrale/DF (Associação Brasiliense das Empregadas Domésticas)

  35. Igreja Batista em Coqueiral de Recife

  36. Instituto Solidare de Pernambuco

  37. CBJP (Comissão Brasileira de Justiça e Paz)

  38. MMC (Movimento de Mulheres Camponesas)

  39. IBDCAP (Instituto Brasileiro de direito e controle da administração pública)

  40. CSEM (Centro Scalabriniano de Estudos Migratórios)

  41. CNTE (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação)

  42. Inesc (Instituto de Estudos Socioeconômicos)

  43. CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil)

  44. CLAI Brasil (Conselho Latino Americano de Igrejas)

  45. Abracci (Articulação Brasileira Contra a Corrupção e Impunidade)

  46. A Voz do Cidadão (Instituto de Cultura de Cidadania)

  47. Unacon Sindical (Sindicato Nacional dos Analistas e Técnicos de Finanças e Controle).

  48. IFC (Instituto de Fiscalização e Controle)

  49. APCF (Associação Nacional dos Peritos Criminais Federais)

  50. Fisenge (Federação Interestadual de Sindicatos de Engenheiros)

  51. UBM (União Brasileira de Mulheres)

  52. MEP (Movimento Evangélico Progressista)

  53. Abrapps (Associação Brasileira de Pesquisadores (as) pela Justiça Social)

  54. Fórum da Cidadania de Santos

  55. EPJ (Evangélicos pela Justiça)

  56. Conamp (Associação Nacional dos Membros do Ministério Público)

  57. Amarribo (Amigos Associados de Ribeirão Bonito)

  58. SAEP-DF (Sindicato dos Auxiliares de Administração Escolar em Estabelecimentos Particulares de Ensino do Distrito Federal).

  59. Contee (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino)

  60. Auditoria Cidadã da Dívida

  61. Agenda Pública

  62. Instituto Soma Brasil

  63. UVB (União dos Vereadores do Brasil)

  64. MLT (Movimento de Luta pela Terra)

  65. Rede Brasileira por Cidades Justas Democráticas e Sustentáveis

  66. SENGE-MG (Sindicato de Engenheiros no Estado de Minas Gerais).

  67. Abong (Associação Brasileira de ONGs)

  68. AMB (Articulação de Mulheres Brasileiras)

  69. AMNB (Articulação de Mulheres Negras Brasileiras)

  70. ACB (Associação dos Cartunistas do Brasil)

  71. Campanha Nacional pelo Direito à Educação

  72. CEAAL (Conselho Latino Americano de Educação)

  73. Comitê da Escola de Governo de São Paulo da Campanha em Defesa da República e da Democracia.

  74. Comitê Rio Ficha Limpa

  75. FAOC (Fórum da Amazônia Ocidental)

  76. FAOR (Fórum da Amazônia Oriental)

  77. FBO (Fórum Brasil do Orçamento)

  78. FBSSAN (Fórum Brasileiro de Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional)

  79. FENDH (Fórum de Entidades Nacionais de Direitos Humanos)

  80. Fórum de Reflexão Política

  81. Fórum Mineiro pela Reforma Política Ampla, Democrática e Participativa

  82. FNPP (Fórum Nacional de Participação Popular)

  83. EPPP (Fórum Paulista de Participação Popular)

  84. FNRU (Fórum Nacional da Reforma Urbana)

  85. IDS (Instituto Democracia e Sustentabilidade)

  86. Intervozes (Coletivo Brasil de Comunicação Social)

  87. LBL (Liga Brasileira de Lésbicas)

  88. MNDH (Movimento Nacional de Direitos Humanos)

  89. Movimento Pró-Reforma Política com Participação Popular

  90. Observatório da Cidadania

  91. PAD (Processo de Diálogo e Articulação de Agências Ecumênicas e Organizações Brasileiras)

  92. Rede Brasil Sobre Instituições Financeiras Multilaterais

  93. REBRIP (Rede Brasileira pela Integração dos Povos)

  94. Rede Nacional Feminista de Saúde, Direitos Sexuais e Direitos Reprodutivos.

  95. Movimento Voto Consciente

  96. CFC (Conselho Federal de Contabilidade)

  97. MPD (Movimento do Ministério Público Democrático)

  98. UJS (União da Juventude Socialista)

  99. UNEGRO (União de Negros pela Igualdade)

  100. CONAM (Confederação Nacional das Associações de Moradores

  101. Instituto Brasil Verdade

  102. Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil

  103. EDUCAFRO – Educação para Afrodescendentes e Carentes



 

 

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