Kemp solicita ao Governo a permanência dos professores cedidos
O deputado estadual Pedro Kemp (PT) solicitou ao Governo do Estado a permanência dos mais de 800 professores da rede estadual que trabalham há pelo menos 20 anos nas entidades, como Pestalozzis e Apaes, que atendem alunos com deficiência. O apelo foi feito nesta terça-feira (10) por conta de informações da SED (Secretaria de Educação) de que haveria redução no número de educadores nessa área – 1 professor para cada dez alunos – do Censo Escolar.
“A Secretaria de Educação expediu ofício estabelecendo critérios que reduz o número de professores nas instituições. Há entidade que atende 400 alunos com deficiência por mês e tem em seu quadro 60 professores cedidos. Pelos critérios da SED (Secretaria de Estado de Educação) esse número reduziria de 60 para 15, ou seja, ficaria impossível continuar com os atendimentos”.
Os critérios do Censo Escolar não refletem o real número de alunos atendidos pelas instituições que, além da educação básica oferecem outras atividades educacionais e preparação para o trabalho.
O deputado, que também é professor, fez o alerta dizendo que a obrigação de atender esses estudantes é do Estado, mas como ainda as escolas não estão preparadas, o trabalho das entidades é imprescindível.
Kemp explicou que já comunicou a situação à secretária de Estado de Educação, Maria Cecília Amendola que garantiu uma atenção para a realidade enfrentada pelas entidades que atuam na área da Educação Especial. “ A secretária disse que vai estudar caso a caso”.
“A preocupação do Governo de diminuir o número de professores cedidos não pode focar na Educação Especial. O trabalho que essas entidades realiza é inestimável, a sociedade respeita porque fazem um trabalho muito sério e de qualidade”.
Professores contratados X apelo
O atraso no início do ano letivo e os reflexos na vida dos quase 11 mil professores contratados também fez parte do pronunciamento do deputado Pedro Kemp. O deputado reiterou o apelo ao Governo para que antecipe a convocação dos professores para o dia 12 de fevereiro e que os salários sejam pagos na folha de pagamento de março.
“Pelos meus cálculos o Governo deve economizar R$ 30 milhões já que os professores convocados ficam sem receber salário de janeiro e 10 dias de fevereiro. Por isso, faço esse apelo”.
Kemp citou como exemplo o caso de um professor que paga pensão alimentícia e não sabe o que fazer já que deve ficar quase três meses sem receber salário. O deputado também lembrou do pedido feito pelos professores convocados à secretária Maria Cecília Amendola de antecipar pelo menos para o dia 12, ao invés de 19, o retorno às salas de aula, para o planejamento do trabalho.
O líder do Governo, professor Rinaldo Modesto (PSDB) disse que a não realização de concurso na área da Educação é urgente e que há uma abertura para o diálogo.