Kemp afirma que adiamento do ano letivo penaliza 11 mil professores convocados
O deputado estadual Pedro Kemp (PT) afirmou hoje, na tribuna da Assembleia Legislativa, que o adiamento do ano letivo para o dia 19 de fevereiro, após o Carnaval, na rede estadual de ensino, penaliza os mais de 11 mil professores convocados, que poderão receber seus salários apenas na folha de pagamento de abril.
“São 11 mil professores convocados contra 9 mil efetivos. Isso é uma irregularidade que não pode perdurar. A contratação deve ser por tempo determinado para atender a necessidade temporária de excepcional interesse público. É necessário resolver esta situação urgentemente com a realização de concurso público. Vamos dar um voto de confiança ao governador Reinaldo Azambuja, que assumiu agora, pois ele herdou este quantitativo de professores contratados”, destacou Kemp.
Além disso, Kemp pede que haja um esforço concentrado dos funcionários da Secretaria de Estado de Educação para que os dias trabalhados em fevereiro sejam pagos já nfa folha de março e não, em abril. O deputado considera preocupante o fato de muitos professores serem chefes de família ou o caso de muitas famílias terem o pai e a mãe como professores convocados, ficando assim sem salário por vários meses.
O deputado afirma não saber da posição da Fetems (Federação dos Trabalhadores em Educação de MS) sobre o assunto, mas disse esperar da entidade, que representa os professores, uma posição no sentido de cobrar do Governo o pagamento dos convocados ainda em março e a posterior realização de concurso público, ainda este ano, visando a redução do número de professores contratados temporariamente.
Segundo o deputado, o Governo do Estado conhece o problema. Na tribuna, Kemp convocou o Ministério Público Estadual a cobrar a execução do concurso público e pediu aos deputados revisão da lei de convocação.
“É preciso que haja uma alteração na lei da convocação para melhorar as condições de trabalhado dos convocados. Alguns estão há quinze anos na sala de aula. O professor nessas condições fica inseguro. Se o diretor gosta dele, convoca. Se não, fica de lado. Sem falar que o convocado não recebe o mês de janeiro e quinze dias de julho devido o recesso das aulas”.