Kemp questiona o porquê de Prefeitura de Campo Grande estar ‘quebrada’
O deputado estadual Pedro Kemp (PT) foi à tribuna nesta terça-feira (11) e questionou quais seriam as razões que levaram a Prefeitura de Campo Grande à falta de recursos. Para o parlamentar, não há justificativa plausível para que uma cidade rica enfrente problemas de falta de recursos em caixa, anunciados pela atual administração.
Kemp criticou medidas que vão tirar do bolso da população o dinheiro para compensar o rombo. Já foi anunciado o reajuste do IPTU (Imposto Predial Territorial Urbano), que deverá ficar entre 12% e 13%; e que inicialmente foi proposto na ordem de 32%; o aumento do transporte coletivo ((9% a 10%). “O IPTU deverá ser reajustado acima do índice médio da inflação que está em torno dos 6%. Se não bastasse, o aumento da tarifa do transporte coletivo, que mais uma vez irá saltar para uma das mais caras do País.
A Prefeitura parece que está quebrada, com muitas dívidas. O que aconteceu depois que cassaram o ex-prefeito?”.
O deputado também questionou a falta de responsabilidade da atual administração por não honrar os compromissos com os professores. Em greve, os alunos da rede municipal estão em casa sem aula. A categoria reivindica o cumprimento do Piso Salarial por 20 horas e, para isso o reajuste deveria ser de 8% em outubro. “O prefeito diz que não tem dinheiro para pagar!”, frisa Kemp.
As obras de contenção de enchente que deveriam ficar prontas no período da estiagem, não foram concluídas. “A Prefeitura diz que não tem dinheiro. Vai começar mais uma época de chuva (verão) e vamos ver o que vai acontecer?”. Além disso, a obra da UPA (Unidade de Pronto Atendimento) da Moreninha não foi concluída e está sendo deteriorada. Kemp citou também a situação da Santa Casa, principal hospital do Centro-Oeste, que ameaça não atender os pacientes do SUS (Sistema Único de Saúde) porque a Prefeitura não reajustou o valor dos procedimentos.
Kemp concluiu dizendo que o governo federal sempre repassou recursos para a Capital e a cidade está com serviços importantes paralisados e ainda, para o próximo ano há o risco das crianças entre 4 e 5 anos terem seu tempo de permanência nos Ceinfs (Centros de Educação Infantil) reduzido para meio período, conforme decisão da atual administração. “Já enviei requerimento pedindo esclarecimentos sobre o porquê dessa situação”, finaliza Kemp.