Deputados se preocupam com novos rompimentos de barragens e cobram fiscalização

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Deputados se preocuparam com barragens em Corumbá que, se romperem, podem afetar o Pantanal
05/02/2019 - 10:54 Por: Fernanda Kintschner   Foto: Victor Chileno

Os deputados estaduais por Mato Grosso do Sul externaram nesta terça-feira (5) a preocupação com o rompimento de novas barragens no Brasil, em especial quaisquer das 16 localizadas em Corumbá, que afetaria seriamente o bioma do Pantanal, caso seus rejeitos de mineração vazem como ocorreu em Brumadinho e Mariana, em Minas Gerais.

Felipe Orro (PSDB) subiu à tribuna para pedir empenho nas fiscalizações. “Não queremos que a tragédia se repita em nenhum lugar. Por isso pedimos vistoria do Imasul, nas barragens públicas e privadas, com isso mensurar qual é o grau de segurança. Há países que certos tipos de barragens são proibidas. E se algo acontecesse em Corumbá seria uma tragédia incalculável para o Pantanal, por mais que tenha plano de fuga, temos que evitar um desastre”, ressaltou.

O deputado Pedro Kemp (PT) concordou. “Além do Pantanal, as famílias poderiam perder tudo. Queremos debater esse assunto com os responsáveis para garantir que não se repita em Mato Grosso do Sul”, disse o parlamentar que apresentou requerimento pedindo informações do secretário estadual de Meio Ambiente, Jaime Elias Verruck e do secretário estadual de Segurança Pública, sobre quais ações estão sendo tomadas de fiscalização e prevenção de um novo rompimento.

Evander Vendramini (PP) ressaltou que deve haver rigor. “Se a Vale não tivesse sido omissa por tantos anos isso não teria acontecido. Também penso que o Ibama tem sido omisso. As barragens deveriam ser construídas nas áreas baixas e não nas altas, para que não inundem em caso de rompimento como ocorreu. Vemos obras que visam reduzir custos”, lamentou o deputado, que sugeriu a criação de uma comissão parlamentar para acompanhar as fiscalizações.

Até o fechamento desta matéria, a tragédia em Brumadinho deixou 134 mortos e 199 continuam desaparecidos. Em 2015, o desastre em Mariana matou 19 pessoas e os danos ao meio ambiente são sentidos até hoje.

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