Barbosinha quer analisar números da saúde indígena e cobra melhorias para índios do MS

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19/02/2019 - 16:09 Por: Luciana Bomfim   Foto: João Garrigó

Com a segunda maior população de índios no país, o deputado estadual Barbosinha (DEM-MS) cobrou na sessão desta terça-feira (19), melhorias nas condições de vida e mais políticas públicas de saúde para atender as comunidades indígenas de Mato Grosso do Sul.

O deputado quer analisar os números apresentados pelo coordenador do Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI/MS), Fernando da Silva Souza, responsável pelo polo de Dourados, que usou a tribuna na sessão para expor os índices no Estado.

“A nossa população indígena vive na vulnerabilidade, em condições desumanas. Precisamos checar estes números e verificar como está a qualidade de vida dos nossos índios, se esse recurso tem chegado até eles. Não temos percebido essa realidade positiva. Os índices contrastam. Até vemos melhorias, mas ainda precisamos avançar muito para termos motivos para comemorar”, analisou o deputado Barbosinha.

Um dos temas a ser analisado é referente à mortalidade infantil entre os indígenas. Os números caíram desde a implantação do Subsistema de Atenção à Saúde Indígena – pertencente ao Sistema Único de Saúde (SUS), segundo o DSEI/MS. “Houve aumento de nascidos vivos em 2006 com 1.310 indígenas, passando para 1.829 em 2018. Os óbitos em menores de um ano caíram de 126 em 2001 para 43 em 2018. Mesmo assim ainda temos altos índices de mortes por causas externas e precisamos pautar esse assunto com os deputados, dentro desta Casa”.

Barbosinha considera necessário que seja feita mudança na forma como a saúde indígena vem sendo tratada em Mato Grosso do Sul. Com números que não “batem” o deputado quer analisar melhor esses índices, pois os números fornecidos pelo Ministério da Saúde não condizem com os repassados pelo coordenador no uso da palavra. “É preciso investigar, auditar, verificar essas informações para vermos se não há duplicidade nessas contagens. Essas pessoas têm vivido em situação extremamente degradante”, defendeu o deputado.

O que foi divulgado pelo Distrito Sanitário, para o deputado Barbosinha, não se apresenta real quando se confronta com a atual situação indígena, em especial no município de Dourados, acompanhada bem de perto pelo parlamentar. Recentemente o Ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, declarou que pretende promover uma mudança na área de saúde indígena do país, que precisa de mudanças. A principal alteração será no custeio do serviço. Hoje entidades do terceiro setor são pagos pelo governo federal para executar a tarefa. Mandetta quer que o próprio Executivo faça o trabalho promovendo assim, políticas públicas mais eficientes para atender os 81 mil índios que atualmente vivem no MS.

Entidades cobram reestruturação do sistema e mais presença do estado (União, Estados e Municípios) com políticas públicas mais eficientes e melhor aplicação dos recursos existentes, aproveitando o que está funcionando bem e substituindo o que se apresenta ineficiente ou improdutivo.

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